Em tempos de acesso à informação quase ilimitado e disponível 24 horas por dia, ter conhecimento das possibilidades mercadológicas no mundo digital é basicamente uma questão de sobreviência profissional. Com uma pesquisa rápida pelo buscador mais popular do mundo é possível concluir que o conhecimento sobre marketing digital é restrito a um pequeno universo de entusiastas e profissionais que já se tornaram referência na área digital. A pergunta que surge de forma natural é: por que você ainda reluta em ser uma dessas referências?

Para corroborar essa afirmação, é válido destacar que, de acordo com estudo realizado em 2017, pela renomada agência de marketing americana Ad Rank Media, os usuários estão cada vez mais envolvidos com a tecnologia. Basta olhar para o lado e perceber as pessoas conectadas ao mobile, todas com cabeças abaixadas e envolvidas pela magia tecnológica. Nesse estudo, 60% das pessoas entrevistadas não conseguem diferenciar o resultado de pesquisa orgânica do Google de um link patrocinado (se você também não sabe, continue a leitura desse artigo, ok?). Esse número é maior do que o esperado, considerando a regulamentação para que as propagandas sejam sinalizadas, em anúncio pago ou não. Para mais da metade dos entrevistados, do ponto de vista do “consumidor” não existe diferença nas ações de anúncios e muito menos na visão de profissional de marketing digital sob a percepção de divulgações orgânicas ou pagas.

Trata-se de um apontamento pelas mudanças ocorridas nos algoritmos[i] do Google nos últimos anos. A forma de funcionamento dos links patrocinados, que são usados na publicidade on-line, direcionada para quem busca anunciar algum produto ou serviços, oferece a opção de destaque para as palavras- chave durante a busca pelo assunto, bem como na jornada de compra do usuário.

No entanto, a diferenciação entre links patrocinados e a busca orgânica -resultados considerados naturais, ou seja, “não pagos” – em ferramentas de busca como o Google, Bing ou Yahoo!, está cada vez mais sutil.

Percebe-se então, nesta pesquisa, que o reflexo pode ser ainda mais relevante no Brasil, uma vez que a atuação norte-americana em relação ao marketing digital está em pequena vantagem por razões óbvias relacionadas à economia.

A maioria das empresas brasileiras ainda não se atentou ao mundo de possiblidades neste setor por vários motivos, que vão: desde a falta de conhecimento, interesse ou mesmo receio em relação ao novo, até a questão de a maioria das empresas não terem um plano de ação em mídias digitais e não tomarem conhecimento de que o consumidor tem novas necessidades e desejos que vão além de simplesmente contratar um serviço.

Sendo assim, é recomendável que as empresas direcionem seu olhar de forma mais eficiente ao mundo digital, pois a fase do “sobrinho” cuidando das redes sociais está com seus dias contados. O mundo mudou muito e foi bem na nossa vez! A necessidade da formação de um profissional de marketing digital completo é realidade e está mais que evidente. Nesse sentido, o mercado educacional e de treinamento na área de marketing oferece uma gama de possibilidades de formações flexíveis em marketing digital nas quais o profissional escolhe sua área de atuação conforme as necessidades do mercado.

 Achiles Batista Ferreira Junior é coordenador do CST Marketing Digital /CST Marketing do Centro Universitário Internacional Uninter