Quando Gabriela Onofre chegou à Acesso Digital em agosto de 2019, a executiva tinha como missão estruturar um dos departamentos mais estratégicos das companhias de modo geral, mas que ainda era inexistente na startup: a área de marketing e comunicação. Com passagens por grupos globais de bens de consumo atuando como líder das disciplinas para P&G e J&J, a executiva teve cenário completamente novo de volta ao Brasil.

“Como toda empresa de tecnologia, o produto está no centro. É comum que as startups comecem o negócio muito focadas nos produtos, mas na fase de escalar a empresa, como a Acesso Digital, se tornou necessário traduzir o produto para uma grande visão e propósito de marca”, explica Gabriela sobre sua missão na companhia.

Equilíbrio entre branding e performance é estratégia de Gabriela Onofre à frente da startup. FOTO: Divulgação

Como resultado prático desse desafio, a executiva criou o departamento de branding e comunicação, além de outra área dedicada a customer marketing, ligada à diretoria de growth. “Outra coisa muito diferente, é que as startups estão focadas em crescimento e performance, mas pouco em branding. Então, decidi que precisava fazer um investimento equivalente nas duas áreas”.

Com a chegada da pandemia da Covid-19, a startup especializada em autenticação de assinaturas e documentos digitais para empresas viu seus serviços ganharem ainda mais relevância. O projeto de marketing de trazer o cliente para o centro dos negócios se tornou ainda mais estratégico para a formulação de produtos mais personalizados às necessidades do momento.

Atendendo os principais players de segmentos bancário, companhias áreas, entre outras, a Acesso Digital viu serviços como a gestão de RH digital crescerem exponencialmente. Isso porque todo o processo de contratação e demissão de funcionários precisou se tornar remoto após a quarentena. Para a executiva, a transformação digital das empresas precisou ser acelerada, trazendo reflexos nos negócios da Acesso Digital.

“Quando começou a pandemia, ficamos em dúvida sobre o que poderia acontecer, mas o mundo rapidamente virou digital e a necessidade de criar uma identidade digital ficou ainda mais urgente. Dobramos o número de transações, como consultas biométricas, assinaturas eletrônicas, admissões e demissões eletrônicas”. Com os novos acordos e relação de trabalho, as empresas viram a necessidade de serviços como score biométrico. “Vamos fechar o ano, no mínimo, com o dobro de faturamento em relação ao ano passado”.

O período também foi marcado pela consolidação do branding da Acesso Digital, com ações sociais ligadas ao seu propósito. A startup disponibilizou sua plataforma de RH digital para todos os hospitais de forma gratuita. A ideia foi acelerar processos de contratação de novos profissionais da saúde e desburocratizar sua documentação. Já em parceria com a Central Única das Favelas, a Cufa, a startup cuida da autenticação de todas as doações recebidas pelo projeto Mães de Favela. Dessa forma, fica garantida a segurança nas doações.