A era é pós-digital, mas nem todos vivem essa realidade ainda. Durante o GA Summit o tema veio à tona e foi debatido em dois momentos, com Bob Wollehim, head de digital do Grupo ABC, e com Tom Goodwin, EVP Inovation, da Zenith dos Estados Unidos.

Alê Oliveira

Para Wollehim, os profissionais de atendimento precisam se reinventar. Na opinião do executivo, falta para muitos conhecimento do business do cliente e também das novas possibilidades existentes.

O executivo acredita na rápida evolução do mercado, que já há algum tempo não teria mais tanta atenção para revistas ou televisão, por exemplo. Com uma série de novidades no meio digital, ele sugere aos profissionais aprofundamento na área por meio de imersões – seja ao convidar o cliente para almoço ou ao investir em uma start-up para conhecer sua mecânica.

Já Goodwin acredita que, apesar das transformações no mundo, nem tudo é rápido e nem tudo mudou. Ele cita uma ida informal a um pub como exemplo. “O jeito de pedir cerveja no balcão é o mesmo de sempre e ano que vem continuará sendo o mesmo”, exemplifica.

“A mudança não está em todo lugar. A TV está morta e mobile é tudo. Não é assim em todo lugar”, diz. “Algumas mudanças são boas e outras não. Meu trabalho é promover um debate sobre isso”, acrescenta.

Para Goodwin, a noção de “digital” que temos hoje vai desaparecer. Ele explica que para quem tem 40 anos ou mais, falar que as pessoas passam cada vez mais tempo conectadas faz sentido, mas para quem tem 11, e já nasceu na era digital, estar conectado é algo natural, que não precisa de tal distinção.