Divulgação

O Google tem planos para criar um negócio de publicidade em outdoor na Alemanha, que funcionaria através de um processo centrado em dados e compra de mídia dirigida. Telas digitais em espaços públicos como estações de trem, shoppings e lojas de varejo seriam os locais preferidos.

A notícia foi publicada pela alemã WirtschaftsWoche e repercutiu em publicações como Bloomberg e Associate Press (AP). Segundo a Bloomberg, o Google teria a capacidade de usar dados para mostrar publicidade programática e dirigida em outdoors pela rua, e o modelo que será usado na Alemanha pode se expandir para outros mercados futuramente.

O Google, a rigor, testa modelos programáticos em outdoor há algum tempo, já que essa ferramenta é usada, hoje, apenas na publicidade digital. A empresa faz o mapeamento do comportamento dos usuários na web, bem como a geolocalização, e entrega a publicidade mais dirigida. Mark Grady, manager do Google na Alemanha, explicou ao WirtschaftsWoche que o Google busca empresas com relação com plataformas de mídia out-of-home para integrar sua tecnologia e dados aos anúncios segmentados.

Em 2015, lembra a Bloomberg, o Google fez um teste de publicidade em outdoor, com a plataforma DoubleClick. Tendo como base o dia e horário, a peça exibia a publicidade mais adequada aos transeuntes. Já no Reino Unido, o Google Media Lab conduziu um experimento em publicidade out-of-home com anúncios sobre do próprio Google, através do DoubleClick. A parte programática da campanha permitia que a peça criativa mudasse de forma tendo como base informações como o dia e a temperatura, sem uso de dados de usuários do Google.

Por questões de privacidade, é improvável que o Google direcione anúncios para cada indivíduo em particular, mas é possível ter dados demográficos sobre o grupo de pessoas que está em determinado lugar naquele momento. Como pessoas chegando no metrô em um jogo de futebol ou show de música. A Bloomberg avalia que o mercado de publicidade pode impor barreiras ao um modelo do tipo, mas o Google poderia comprar empresas de out-of-home com contratos com metrôs, aeroportos e demais espaços de grande circulação.