A revolução da longevidade. É baseada nela, e no fato de que a população com mais de 60 anos vai dobrar até 2050, que o empreendedor especializado em gestão de projetos em TI Mórris Litvak criou há cerca de um ano e meio o site MaturiJobs, pensado para ajudar pessoas com mais de 50 anos a se manterem ativos no mercado de trabalho, conectando-as a negócios e jobs flexíveis. É uma “startup” inspirada na história da própria avó de Mórris, uma senhora que aos 80 anos ainda trabalhava como tradutora e secretária, mas que, após sofrer uma queda, teve de parar de trabalhar e com isso a saúde declinou rapidamente.

“A MaturiJobs entende que, gerando oportunidades para as pessoas mais maduras poderem continuar trabalhando, aprendendo, ensinando, se motivando e inspirando, promovemos a saúde e o bem-estar social”, diz Mórris, que transformou a crença no propósito no projeto.

No site, empresas e pessoas que procuram trabalho se cadastram e torcem por um “match”, como se diz nos sites de relacionamentos. Embora já esteja no ar há um ano e meio, a plataforma foi lançada há três meses. Atualmente são 3,6 mil pessoas, 60 empresas cadastradas e 61 vagas anunciadas. Segundo Mórris, mais de 700 pessoas se candidataram a essas vagas. E dessas, 50 foram entrevistadas, com um saldo de 20 recolocações.

Só em julho, foram 20 mil visitas ao site. Ao mesmo tempo, Mórris criou uma página no Facebook que já conta com 3,2 mil seguidores e um grupo com 700 participantes de discussões que troca dicas sobre o tema “trabalho e maturidade”.

Mórris conta que as áreas de administração e marketing são as mais procuradas pelas pessoas, e as empresas buscam mais pessoas para as áreas de vendas e gestão de projetos e pessoas. Segundo ele, não há preocupação com uma idade específica mas com experiência, habilidade e facilidade em lidar com a tecnologia. “A nossa perspectiva hoje é muito boa. A ideia é que o MaturiJobs cresça rapidamente em usuários e empresas no Brasil e em breve vá para fora do país. Queremos que a plataforma seja global. Estamos começando a testar alguns modelos de monetização junto às empresas e depois aos usuários”, finaliza.