Matheus Pires e Rapha Avellar (Reprodução/Instagram)

Matheus Pires, motoboy que sofreu racismo e causou comoção pelo Brasil (relembre aqui), foi contratado pela agência Avellar como editor de vídeos. A empresa tem clientes como Ambev, Hering, Stone, Texaco, entre outros.

Desde o episódio fatídico, Pires conseguiu arrecadar mais de R$ 100 mil em uma vaquinha online, conseguiu uma moto 0 km e agora está de emprego novo.

O convite foi feito pelo empresário Rapha Avellar, CEO da agência Avellar e da Cria School (que aliás, também deu uma bolsa de estudos para o ex-motoboy).

Segundo o executivo, Matheus já acompanhava seu trabalho antes do episódio e os dois já tinham trocado mensagens. PROPMARK falou com o CEO:

Como surgiu a ideia de contratar o Matheus?

Nós já tínhamos conversado por DM do Instagram desde 2018 e eu já o ouvia quando ele tinha 16 anos, cheio de planos e dúvidas do que fazer.

Quando eu vi a repercussão daquele vídeo revoltante que havia viralizado, percebi que era o Matheus com quem trocava mensagens pelo Instagram.

O convite para ele vir para a Avellar veio do fato que ele ama conteúdo, marketing, edição de vídeo e agora ele já é maior de idade, terminou os estudos. Então, chamar para ele estar na equipe veio de forma natural.

Ele tem experiência em marketing digital?

Sim, Matheus ama marketing e já tinha trabalhado bastante na área, chegando até a montar uma microempresa aos 16 anos.

O que ele fará na agência?

Ele vai estar ao lado da equipe de criação da agência, mas especificamente na função de editor de vídeos, para poder continuar evoluindo na profissão e trabalhar com o que ele gosta.

Muita gente pode encarar a contratação como algo mais de momento. O que você diria a estas pessoas?

Essa não é a primeira e não será a última vez que a Avellar vai contratar alguém pela internet. João Rocha, videomaker que está comigo desde o início, também foi contratado pelas redes e muitos outros. Acredito que se alguém consegue enxergar oportunismo em uma ação genuína (já nos falávamos desde 2018), isso diz muito mais sobre a pessoa que está julgando do que sobre a ação específica.