Maior feira de varejo do mundo, a National Retail Fair Big Show levou a Nova York palestrantes de peso, dos mais variados segmentos, de 13 a 15 de janeiro. E no meio de tantas palestras e discussões, alguns temas se destacaram repetidamente. Vamos a eles:

Mantenha seu foco e não se deixe seduzir por cada nova tecnologia
Como disse Brian Cornell, CEO da Target, “não se distraia pelos ‘objetos brilhantes’ que aparecem diariamente no seu caminho”. Por mais que uma série de novas tecnologias apareçam todos os dias, as marcas precisam se focar mais no seu próprio jogo, mesmo que isso signifique não fazer eventualmente algumas coisas que os consumidores também gostem. Na Target, isso se traduziu em um investimento no time e nas lojas físicas, mais do que em tecnologia, no último ano.

Inclusão e diversidade são chave para sobrevivência
As marcas que vão achar as melhores soluções e conseguir entregar valor são aquelas que serão criadas por times com diversidade pensando em todos os perfis de consumidores. Mais do que comunicação, a diversidade precisa ser intrínseca ao negócio para que a empresa se torne capaz de tomar as melhores decisões. Como disse Diane Dietz, CEO e presidente da Rodan + Fields, “você precisa olhar para a sua sala e não ver só pessoas como você. Se o seu sonho só inclui você, ele é muito pequeno.”

Autenticidade e posicionamento: a diferença entre quem irá ou não liderar
Tanto nas decisões quanto na personalidade dos líderes do varejo, a necessidade de uma posição autêntica foi destacada por diversos executivos, com o Rose Marcario, da Patagonia, e Edward Stacks, da Dick’s Sporting Goods. A Patagonia se destacou no último ano por sua tomada de posicionamento político ainda mais forte, resistindo a iniciativas do governo Trump que afetam o meio ambiente, por exemplo. Já Edward Stacks decidiu não vender mais armas em suas lojas, após o tiroteio em Parkland. Questionado sobre se essa havia sido uma decisão difícil de tomar, o CEO respondeu com uma das frases mais emblemáticas do evento: “decisões certas nunca são decisões difíceis.”

Transformação digital depende de um time engajado
Esta segue sendo uma questão espinhosa para a maioria das empresas, e o que mais se ouviu dos palestrantes é que precisamos focar nas pessoas e nos times envolvidos nesses processos. As pessoas precisam saber qual a razão por trás do que devem fazer: é preciso entendimento para gerar comprometimento.

 Por Fernanda Kraemer, Diretora de Planejamento da W3haus