Karoline dos Santos Oliveira, mais conhecida como Karol Conká, nasceu em Curitiba (PR) e iniciou como rapper aos 17 anos. Sua trajetória até hoje, aos 35, é cheia de conquistas nacionais e internacionais, como músicas na trilha de jogos e atrações de TV, turnês e prêmios. Mas ao entrar no BBB21, viveu uma turbulenta temporada e saiu com 99,17% de rejeição.

De lá para cá, ela participou do doc “A vida depois do tombo”, para o Globoplay, se recolheu e buscou ajuda para cuidar da mente. Há alguns meses retornou às redes com a websérie “Vem K cuidar da mente” e, mais recentemente, voltou a fazer publicidade, na ação The Mamacita Cut, para a HBO.

A artista foi a primeira entrevistada na nova temporada do PROPMARK Live, iniciativa com entrevistas ao vivo no YouTube ou no Instagram. Acompanhe alguns comentários da artista.

“Publicidade é sempre legal, no set é muito divertido. Não tenho preguiça
de gravar”

Começo na publicidade
Não lembro a ordem, mas a primeira que fez um pá! foi da Avon. Aprendi muito sobre publicidade. E teve a Multitelei, pra NET. Eu cheguei a parar de cantar a música no show, porque a galera cantava Multitelei. Publicidade é sempre legal, no set é muito divertido. Não tenho preguiça de gravar.

Envolvimento criativo
Gosto de botar meu tempero. Acho que quanto mais personalidade mais fácil atingir o público. Não adianta ter uma megaestrtutura e não ter o genuíno e autenticidade. Agora mesmo com a HBO foi maravilhoso, com o tom de humor certo, o texto certo. E aí dou minha pitadinha.

Critérios para aceitar uma publi
Campanhas com discurso que as marcas ajam de acordo com o que falam, e temas que se encaixam no que acredito. Lembro de uma para a Intimus que falava sobre temas tabus como a menstruação. Artisticamente, aceitar só pelo dinheiro não faz sentido. Dinheiro vem, dinheiro vai. O que fica?

Saída do BBB
Precisei me recolher, entender tudo que tinha acontecido, como chegou naquele ponto, e também o que eu queria. Não tinha como passar por isso sozinha. Precisei me cercar de pessoas empáticas, busquei ajuda, procurei terapia, contratei uma PR, algo que nunca tinha contratado. Precisei de um tempo e saber como gerenciar minha vida, primeiro pensando no lado humano.

Documentário Globoplay
É muito sufocante sair de um reality bem odiada e logo ter câmera de novo. Àquela altura eu ja estava tão triste, tão acabada, que pensei: ok. Aconteceu um fenômeno, eu causei isso e seria injusto também eu não botar a cara. Depois de tudo que aconteceu, eu ia ser covarde? Não dá. Vou encarar de frente. Só que eu estava muito triste. Mas o doc ajudou no processo de me entender. Seria pior se eu não tivesse feito nada.

Cancelamentos
Nessa hora meu maior medo era perder minha saúde mental. Porque sem saúde mental não tem música, não tem palco, não tem publicidade. Eu só queria ficar bem. Eu não queria não absorver o que não era real.

Suba Junto
É na hora que a água cerca, que as coisas estão ruins, que você vê quem é quem. Pude perceber, com a minha equipe aqui no escritório, e com a Suba, que estou desde 2017, que fizeram jus ao que falam, de não julgar e ter empatia. Eu me senti muito acolhida, senti que eu não era um produto para a minha agência. Era muito mais Karoline, e menos Karol Conká. A Suba se preocupou muito em reestruturar o meu lado humano, a minha sanidade. Meu caso foi pesado, levamos a sério tudo que aconteceu. É importante refletir sobre isso. Quem realmente está do seu lado.

Saúde Mental
Esse tema tem de estar o tempo todo na nossa vida. É preciso ter equilíbrio. Ser provocativa faz parte da minha personalidade, tanto que sou rapper, mas eu escolhi abrir a boca apenas para ajudar pessoas, e abrir o meu ouvido e os meus olhos para ler e ouvir o que vai trazer coisa boas. Coisas contrárias a isso eu já vivi e repudio. Minha vibração é outra.

Ação CVV: Setembro Amarelo
Foi importante estar nessa campanha. Sempre participo de ações assim, mas dessa vez teve um sentimento de sobrevivi. Se eu sobrevivi, você também pode. Quem tá triste, achando que não aguenta mais – e eu recebo muitas mensagens falando disso – também pode. É muito difícil receber um ataque e não revidar. Hoje é até difícil entender a dimensão do quanto as pessoas passam por isso.

Assista a live na íntegra