Nova diretoria do Clube de Criação quer representatividade como 'cláusula fundamental'

Chapa Coletiva venceu as eleições da entidade, na semana passada, e irá assumir a presidência a partir do próximo dia 24

Eleita presidente do Clube de Criação pelos próximos dois anos, a Chapa Coletiva terá na inclusão e representatividade um dos principais focos de trabalho para este mandato, que começa no próximo dia 24.

Em entrevista, respondida por todos os integrantes da chapa, o grupo disse que buscará 'tornar a representatividade uma cláusula fundamental do estatuto, o que será decidido através de votação aberta aos associados'.  

Outra promessa será estreitar o relacionamento com produtoras, como disseram, 'envolvendo-as no nosso coletivo para melhor compreender e representar as necessidades da área de produção'.

A chapa é composta por Heitor Caetano Gomes (presidente), Tatiana Gomes Nascimento (vice-presidente). Além deles, integram a diretoria João Caetano Arruda Brasil Nogueira da Silva e Toni Fernandes – ambos diretores administrativos –, Felipe de Souza Silva e Mariana Gordilho de Sá (diretores culturais), Epaminondas Terezo Paulino e Mariana Bertoldi Youssef (diretores de divulgação), Andressa Fernanda da Cruz e Carlos Alonso Cancellara (diretores editoriais), e a dupla Jessyca Carvalho Silva e Romero Freire Cavalcanti de Albuquerque (diretores de relações sociais).

Propostas
A Chapa Coletiva tem um conjunto de propostas ambiciosas para os próximos dois anos no Clube de Criação, todas voltadas para tornar nossa indústria mais inclusiva e representativa. A principal delas é a descentralização da presidência em apenas um cargo, tornando o mandato coletivo com todos os 12 integrantes atuando como copresidentes. Além disso, buscamos tornar a representatividade uma cláusula fundamental do estatuto, o que será decidido através de votação aberta aos associados. Outra iniciativa importante é a criação das "Estrelas Regionais" no anuário, reconhecendo e premiando ideias de agências e clientes fora do Eixo RJ/SP para valorizar a criatividade regional em todo o Brasil.

Relacionamento com produtoras
Também estamos comprometidos em estreitar o relacionamento com produtoras de som e vídeo, envolvendo-as no nosso coletivo para melhor compreender e representar as necessidades da área de produção. Além disso, buscamos a aproximação com outras entidades setoriais, criaremos um portal da transparência no site do Clube de Criação, formaremos um conselho rotativo com representantes diversos do mercado e expandiremos a premiação da Categoria Estudante do Anuário, entre outras iniciativas.

Diálogo
É importante destacar que queremos implementar essas propostas através de diálogo com o mercado e considerando a ordem de prioridade de cada uma delas. Nosso objetivo é fazer do Clube de Criação um farol que guie toda a indústria, desde estudantes até profissionais experientes, e estamos comprometidos em manter o legado das gestões anteriores, especialmente da Chapa Preta, que foi histórica para o nosso mercado.

Diversidade
A diversidade e a representatividade são valores fundamentais para a Chapa Coletiva. Atualmente, vemos avanços em algumas áreas do mercado das agências, especialmente na contratação de pessoas diversas para cargos de base. No entanto, ainda há um déficit na formação de lideranças diversas, e essa é uma área que precisa de atenção. Precisamos trabalhar na formação de lideranças femininas, negras, LGBTQIAPN+, e também abrir espaço para pessoas indígenas. A inclusão não deve se limitar à contratação, mas também à promoção e ao desenvolvimento desses profissionais. O Clube de Criação tem um papel importante nesse processo, liderando discussões e práticas para garantir maior diversidade e representatividade na indústria criativa.

Futuro
Em 2025, esperamos que o mercado de criação brasileiro avance mais e seja líder em inovação, criatividade e diversidade, inspirando até mesmo o mercado do exterior. Nossa indústria tem esse potencial de ser referência mundial, justamente pela forma como pensamos, questionamos e moldamos a sociedade por meio da publicidade e da comunicação. Para alcançar esse objetivo, precisamos continuar avançando na promoção da diversidade e inclusão em todos os aspectos da indústria, desde a contratação até a liderança. E pra isso, queremos trabalhar em parceria com outras entidades setoriais para abordar essas e outras questões, como modelos de concorrência e jornadas de trabalho, por exemplo. Em resumo, nossa visão para 2025 é fazer com que o Brasil permaneça como referência mundial em criatividade, mas ajudando a construir um modelo de mercado mais inclusivo, diversificado, inovador e participativo.