E-commerce brasileiro fatura R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre

Ao contrário de outras áreas que apresentaram queda de faturamento no primeiro semestre do ano, o E-commerce segue crescendo. O setor faturou R$ 18,6 bilhões, o que representa crescimento de 16% ante o mesmo período do ano passado, segundo o 32º relatório WebShoppers, organizado pela E-bit-Buscapé e divulgado na manhã desta quarta-feira (19), em São Paulo.

O cenário positivo foi impulsionado pelo tíquete médio, 13% maior em relação ao ano passado, atingindo valor aproximado de R$ 377, enquanto o número de pedidos cresceu apenas 2,5%. “Menos pessoas comprando mais. Identificamos uma concentração dos heavy users, de classes A e B”, destacou Pedro Guasti, VP de Relações Internacionais do Buscapé.

Apesar dos números positivos, a expectativa de crescimento do setor no ano todo foi revista: a previsão, que era de 20%, caiu para 15%. O setor líder de vendas na internet continua sendo moda e acessórios, com 15% dos volumes de pedidos, seguido de eletrodomésticos, com 13%, e telefonia-celulares e cosméticos-perfumaria, ambos com 11%.

Atualmente, o setor passa por um período de desafios, especialmente pela queda no poder de compra da Classe C, com a alta da inflação. Para atingir a previsão de crescimento no faturamento, a aposta está na Black Friday, no final do ano. “É nossa aposta para atrair aquele consumidor que, por conta de parcelamentos que comprometiam seu cartão de crédito, aguardou o ano todo para comprar”, explica Guasti.

Mobile

“As pessoas, cada vez mais, querem comprar em poucos cliques e as empresas terão que se reinventar para oferecer essa experiência ao consumidor”, definiu Guasti, que vê nos dispositivos móveis uma forma para expandir o comércio online.

Embora o estudo revele que apenas 10% das compras em e-commerce venham de dispositivos móveis, considerando smartphones e tablets , a expectativa é que até o final do ano esse número chegue a 15%. “Vem crescendo mês a mês”, comenta o executivo.

Outro dado relativo a mobile é que as campanhas feitas no meio, na opinião dos entrevistados, são mais eficientes do que aquelas feitas em TV e outras mídias – apenas 6% responderam comprar na internet influenciados por canais offline. “O investimento offline é complementar, especialmente para branding. O grande investimento, o call to action, tem que ser em digital, para estimular o consumidor a finalizar a compra”, observa Guasti.

A pesquisa WebShoppers foi realizada em junho deste ano com 2.204 usuários de Internet. Dos ouvidos, 83% possuem ao menos um dispositivo móvel.