Reunidos neste semana no Congresso Mundial de Jornais, em Hyderabad, na Índia, editores de jornais debateram sobre o desafio de se enfrentar o custo da era digital. Um dos defensores da cobrança do conteúdo online premium, Les Hinton, executivo-chefe da News Corporation e ceo da Dow Jones & Company (que edita o Wall Street Journal), falou nesta terça-feira (01) no evento.
O executivo questionou durante a conferência – com mais de 800 profissionais de mídia de 87 países – “como pode a Internet ter oferecido tanta promessa e tão pouco lucro?”
Para fortalecer seu argumento, Hinton afirmou que as empresas jornalísticas estão permitindo que investimentos de bilhões de dólares ao ano sejam perdidos com a manutenção gratuita de conteúdos para a internet, dizendo ainda que o “suado” investimento está sendo entregue para os sites de busca e agregadores de notícias alheias, chegando a chamá-los de “os ladrões da era digital”. Em outra ocasião, Hinton chamou o Google de o “vampiro dos jornais do mundo”.
Hinton orientou ainda a operação britânica da News International, incluindo o The Times e The Sun, a se posicionar sobre a cobrança do conteúdo premium para a Internet. Entre os argumentos de Hinton está o de que o gratuito não é sustentável para o negócio, pois a gratuidade é demasiadamente cara.
Como exemplo, ele citou o YouTube, do Google, dizendo que a empresa teve que começar a cobrar por alguns canais, após descobrir que não havia anunciantes suficientes para tornar o negócio lucrativo.
Já como modelo de negócio, ele citou o do Wall Street Journal (WSJ), que possui mais de dois milhões de assinantes pagantes.
O executivo vem trabalhando para Rupert Murdoch, tanto na Austrália como nos Estados Unidos, há anos e é considerado como um dos aliados mais próximos do magnata.
Com informações do MediaWeek.