Apesar de todas as críticas que a mídia tem despejado contra o governo federal, algumas procedentes, outras nem tanto, a verdade é que a economia está melhorando e com ela outros setores do espectro oficial, que dela muito dependem.

As empresas em sua grande maioria têm apontado para essa melhora e os índices oficiais a confirmam, o que é uma esperança para um país que não merecia ter passado nos últimos três anos por uma crise sem precedentes recentes em sua história.

O setor publicitário, ao qual o PROPMARK se dedica, tem apontado essa melhora e já começamos a ver novas e até algumas grandes campanhas na mídia, sempre uma garantia de que os bons tempos podem estar voltando.

Nada será como antes, como diz a canção, mas podemos (o mercado publicitário brasileiro) participar ativamente dessa nova e boa fase da nossa economia, não só dela se beneficiando, como também ajudando o todo com a influência das boas campanhas, comerciais e anúncios em geral.

Nunca é demais repetir que a publicidade tem uma grande força no quesito de levar de volta à população, muito do ânimo em parte perdido pelos descalabros das áreas oficiais que fomos obrigados a suportar.

O exercício da publicidade – isso pode parecer bê-á-bá, mas é bom que se diga – aumenta a autoestima e o ânimo da população em direção a dias melhores. Basta compararmos com países mais avançados e preferencialmente os democráticos, para sentirmos o efeito positivo da publicidade sobre as pessoas.

Considere-se ainda nessa análise, que o inverso ocorre nos países fechados, de economia estatal ou semiestatal, geralmente com população taciturna, com poucas opções de compra e pouco dinheiro à disposição para maiores inversões.

Em um momento de ataque aos valores democráticos em nosso país, embora em pequena escala em relação ao todo da nossa população, nota-se o mesmo sentimento. Isso é consequência da supressão das liberdades individuais imposta pelos governos de países onde a democracia não existe em sua plenitude, o que deixa de trazer a luz necessária para o aumento do poder aquisitivo da população e o seu consequente não envolvimento de forma mais aberta no mercado de consumo.

O Brasil por mais de uma vez foi tentado a experimentar esse outro lado do sistema econômico, sempre e felizmente repudiando a sua permanência com o passar do tempo. O cineasta Pasolini tinha razão quando nos visitou décadas atrás: “O brasileiro é o último povo feliz do planeta”.

Seu espírito artístico e ao mesmo tempo profético intuiu essa verdade que alguns patrícios de mal com a vida querem nos impor, algumas vezes e até de forma surpreendente, pensando em nos fazer o bem.

Mas o bem não se faz com o mal e eles deveriam saber disso antes de quererem nos empurrar para um mundo no qual só está bem quem realmente governa.


Em um momento de grandes mudanças no formato publicitário, com as equipes das agências mais criativas se esmerando para criar o diferente mais compreensivo possível, com o aproveitamento inclusive da novilíngua falada pela juventude, merece elogios o esforço do Bradesco em se transformar cada vez mais em um banco digital, mas dando voz aos seus personagens-símbolos, como o caso da Bia, que já começa a ser uma das queridinhas do Brasil (sem alusão à nova ministra ainda sem pasta do governo Bolsonaro).

Na campanha criada pela Publicis, o Bradesco entendeu o salto que precisava dar para ultrapassar alguns grandes concorrentes que tomaram a dianteira na largada digital.

A humanização da Bia ajudou o banco a ganhar essa batalha, ao menos na sua comunicação com o público, que já está tomando para si a posse da querida Bia.

Não estranharemos se no Carnaval que se aproxima surgir em algum lugar do país o Bloco das Bias, acionado pelos meios digitais que as produtoras tentarão construir até lá.

A Bia já está até conseguindo conquistar corações de todos os sexos, ao falar com o público pelos meios eletrônicos que estão sendo programados pela Publicis, com o aval do Bradesco.


Para esta edição do PROPMARK, o Carnaval já começou a partir da chamada de capa do Especial Carnaval, registrando que as marcas fragmentam investimento na festa de Momo.

A verdade é que, se até pouco tempo os anunciantes tinham interesse em se associar ao Carnaval dos sambódromos, agora a febre são os blocos de rua (uma volta ao passado) e os já tradicionais camarotes.

Um levantamento recente da Decor destaca que São Paulo se mantém na liderança do ranking de destinos mais procurados pelos brasileiros para a folia, seguida por Rio, Salvador, Brasília e Fortaleza, respectivamente. Muito provavelmente – e o comentário é nosso – por São Paulo oferecer, apesar de tudo, maior segurança aos seus visitantes.


Filipe Bartholomeu, CEO da AlmapBBDO, é um dos entrevistados desta edição do PROPMARK, discorrendo sobre o momento da agência, que ganhou várias contas nos últimos meses, acabando por conquistar a da CNN Brasil.


Já Priscila Stoliar, head de marketing do SBT, também entrevistada pelo PROPMARK, fala sobre o aumento da audiência da emissora e a chegada de novos anunciantes, diante das novas oportunidades que se abrem no mercado, sob a promessa de uma melhora econômica do país, como afirmamos no início deste editorial.


Esta edição traz também o início do projeto vitorioso do Young Lions, oriundo da história do próprio Cannes Lions, que aqui no Brasil mantém uma ativa célula, que anualmente remete a Cannes jovens já classificados nesta preliminar brasileira, em condições de vencerem na competição mundial em Cannes.


Por último, imperdível a matéria da nossa Redação sobre os 15 anos do Google Maps.


Provérbio espanhol: “Não te preocupes tanto pela vida, pois dela não escaparás vivo”.

Armando Ferrentini é diretor-presidente e publisher do PROPMARK (aferrentini@editorareferencia.com.br)