Como ninguém precisou ao certo quando se dará o fim da pandemia do coronavírus, vamos torcer com base na queda que a sua ação devastadora provocou no planeta que isso comece a ocorrer já no início de setembro, livrando-nos desse mal inesperado que tantas vidas nos tirou e tanto prejuízo nos causou.

Contribuirá muito para reequilibrar a alegria e a esperança na Terra o adeus desse fantasma que tanto mal tem nos causado, ceifando vidas e atrasando o contínuo progresso da humanidade, de forma ainda incalculável. O mercado publicitário, metier onde atuamos, situa-se entre os mais sofridos com a ação desse vírus maldito, porque dele dependem muitos outros mercados para sobreviver.

A frase é de efeito, mas sempre cabe em situações como esta que tomara esteja vivendo seus últimos atos entre nós: o planeta já não será o mesmo após sofrermos essa terrível pandemia, principalmente tendo-se em vista os milhares de seres humanos que morreram pela ação do vírus. Precisamos agora realmente torcer para que o fim desse filme de horror esteja próximo (acreditamos que sim) e possamos reconstruir o que sobrou da humanidade, na sua luta contra o terrível mal.

Como participantes há 55 anos do mercado publicitário brasileiro, acreditamos que virá uma propaganda com maior força criativa e sendo cada vez mais procurada pelos anunciantes, em todos os seus formatos, dando oportunidade a todos de verificarem que a maioria das formas de meios não morre, mas se transforma.

Não esperamos por um mundo melhor após a pandemia e, no que diga respeito à comunicação tradicional entre anunciantes e consumidores, via agências de propagandas, esperamos por muitas mutações. Não se enganem, porém, os leitores, que prevalecerá o desconhecido sobre o até aqui exaustivamente usado.

Preferimos acreditar mais em aperfeiçoamento do sistema, inclusive e principalmente os meios, do que numa radical transformação que atingirá a todos.

Após as duas grandes guerras (1914-1918 e 1939-1945), houve, sim, algumas invenções que a humanidade ainda não conhecia, mas houve principalmente o aperfeiçoamento das existentes, provocando um salto enorme no progresso tecnológico da humanidade, com destaque para o pós-1945.

Por último, a se lamentar em países como o nosso, o aproveitamento de uma terrível desgraça como foi (e prossegue sendo) essa pandemia, para enriquecer (ainda mais) aproveitadores de todos matizes. Inclusive daqueles que não visavam riquezas materiais, mas glória pessoal, já que na maioria das vezes uma coisa leva à outra.

Vamos torcer para que saia logo a vacina, seja de que país for, e possamos voltar a ter nossas vidas mais seguras do que antes dessa desgraça que infernizou praticamente o mundo inteiro.

Sem nenhuma comparação em termos numéricos de vítimas com outras epidemias, o coronavírus mostrou-nos a fragilidade das nossas vidas e o quanto temos ainda de caminhar, imaginando-nos imbatíveis perante o inimigo aparentemente menor, mas que, atacando em bandos, minimiza o que até aqui conhecíamos como desproporcional.


A matéria de capa desta edição do PROPMARK é de autoria do editor Paulo Macedo e valoriza a evolução desse meio fantástico que é a televisão, completando 70 anos de entrada no ar em nosso país, em uma noite inesquecível de 18 de setembro de 1950. Para aqueles que já viviam naquela época, com razoável capacidade de entendimento e prosseguem vivos, com a grande maioria fazendo um retrospecto das imagens de Assis Chateaubriand inaugurando a sua TV Tupi e seus descendentes, hoje, que somos todos nós, observando o quanto mudou a telinha de lá para cá, não apenas no seu formato, influenciado pela evolução do design, como também na sua luta para expandir-se territorialmente.

Aqui no Brasil tratou-se de uma verdadeira batalha, travada nos 400 quilômetros que separavam São Paulo do Rio de Janeiro, mas que aos poucos foi perdendo terreno para a tecnologia, que não desistia de se aperfeiçoar, principalmente nos países mais avançados.

Observa, com muito conhecimento do tema, o jornalista Paulo Macedo: “Nesses 70 anos de história, que começou no modelo aberto e chegou no VOD, o que une essa linha do tempo é a publicidade. Canais fechados, apesar do custo para os assinantes, também dependem de propaganda”.

Eis aí, sempre presente fortalecendo a mídia, essa mágica do homem que chamamos de propaganda.


No PROPMARK, praticamente todas as matérias são imperdíveis, até porque se trata de uma publicação, em suas versões impressas e online, que aborda praticamente tudo o que ocorre de importante na comunicação publicitária mundial.

Mas, têm sido mesmo imperdíveis nossos modelos de redação de matérias, com simplicidade e ao mesmo tempo com profundidade, como a entrevista nesta edição que realizamos com Eduardo Schaeffer, diretor de negócios integrados da Globo, sobre os projetos e novidades da emissora neste 2020, como o lançamento do formato T-Commerce, que permite compra em tempo real pela TV (controle remoto) de produtos como a geladeira da protagonista da novela, por exemplo.

Da TV, pulamos para a Jovem Pan (que também possui tecnologia televisiva), lançando cinco novos programas a partir desta semana (setembro), inovando-se com uma velocidade que supera todas as suas demais concorrentes.


Imperdível a matéria com Fernando Taralli, da VML, que acaba de conquistar a conta de publicidade digital da Sadia e toda a conta de KitchenAid, em um momento ainda difícil para o mercado. Mas, os bons surgem sempre.


Destaque também para a entrevista com Sandra Martinelli, que completa seis anos como presidente-executiva na ABA e diz: “O nosso saldo é certamente positivo! Chegamos em 2020 com 144 associadas, mais que o dobro do número de 6 anos atrás”.