Relevância da propaganda aumenta

No mesmo dia em que o tradicional e sempre respeitado Estadão muda de formato, passando ao modelo berliner e surpreendendo com isso o amplo mercado dos seus leitores, sendo que a maioria parece-nos ter aprovado a mudança, a rainha da comunicação organizada se fortalece, com a entrevista dada pelo presidente da diretoria executiva da ESPM – a maior e mais completa escola de comunicação não apenas do Brasil, mas de toda a América do Sul – e  surpreende agora anunciando lançar um curso de direito abrangendo a comunicação social.

Ao mesmo tempo em que Dalton Pastore, um experiente publicitário e ex-empresário de uma bem-sucedida agência de propaganda em São Paulo (Carillo, Pastore), corajosamente em entrevista de página inteira na Folha de S.Paulo aborda as diversas faces do setor profissional e empresarial que o consagrou, surpreendendo – embora a nosso ver falando a verdade – com uma declaração que o jornal usou como título da matéria (A publicidade na mídia social tem um padrão de qualidade mínimo), pinçando literalmente uma das muitas afirmações polêmicas de Pastore na entrevista, o concorrente mais idoso da Folha lança o seu novo modelo de formato, provocando forte polêmica entre os seus milhares de leitores.

O contraponto do Estadão, porém, constata a cada edição a aderência de mais leitores ao seu novo formato, movimentando no mínimo a grande parcela da população, não só em São Paulo, mas em todo o país, que aumentou com o passar dos dias e das suas edições berliner a preferência do público que cresce à medida em que novas edições saem a cada dia que passa do centenário jornal de origem paulistana.

A aderência que aumenta diariamente pelo público leitor ao “novo” Estadão confirma a regra embutida nas palavras de Pastore que serviram de título à sua entrevista à Folha, separando intrinsicamente o joio do trigo.

O grande pilar da consagração da propaganda em nosso país (e em todo o planeta) tem como origem não apenas no seu conteúdo jornalístico, como também e quiçá, principalmente, no cuidado das agências e seus clientes anunciantes em fugir do lugar-comum e até mesmo da brincadeirinha nas mensagens que são por eles autorizadas na mídia impressa, respeitando o fato de que o leitor de jornal sabe no mínimo ler e interpretar o que leu. Exatamente uma espécie de contraponto ao consumidor da mídia social, em sua grande maioria sem embasamento suficiente para entender com profundidade as mensagens divulgadas pela chamada mídia tradicional.

Pode-se até afirmar que estas esclarecem, enquanto aquelas chegam a confundir os usuários da parafernália em que se transformaram os “meios de comunicação” online, chegando a lembrar de certa forma (e com um pouco de exagero de nossa parte) a história bíblica da Torre de Babel.

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Novo player digital
O segmento de mídia digital out of home (OOH) ganha mais um importante player na comunicação brasileira. A RZK Digital inicia suas operações em São Paulo com uma rede de 200 painéis de LED eletrônicos distribuídos em locais de alto fluxo de transporte urbano na Grande São Paulo. A empresa tem à frente dois nomes de peso, que com certeza em breve tornarão a RZK uma das líderes do OOH no Brasil. São eles, Eduardo Mantegazza e Paulo Cesar Queiroz. O primeiro é administrador de empresas formado pela FAAP com mestrado em finanças pela Harvard Extension School. Desde 2018, atua como sócio-diretor do Family Office PM&F. Mantegazza é o CEO da RZK. Antes, trabalhou na área de Inteligência de Dados do Grupo Boticário, Planejamento Financeiro da Whirpool e na área de Controladoria de Marketing da Beierdorf Nivea.

Paulo Cesar Queiroz é um nome já bastante conhecido na propaganda brasileira. Formado em comunicação pela ESPM e com vários títulos de especialização em negócios, atua no mercado de serviços de marketing há mais de 30 anos. Especialista em mídia, ele também é administrador e conselheiro de empresas. Queiroz foi presidente e CEO da DM9DDB de 2013 a 2018. Entre 2009 e 2013, atuou como vice-presidente e COO do Grupo ABC, holding nacional de serviços de marketing. Queiroz é o head de operações da RZK Digital. Leia mais sobre a RZK na página 33. 

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Preconceito etário
Matéria de capa desta edição mostra que a publicidade pode ajudar no combate ao preconceito etário. Esse é o cerne do estudo BETC Havas Prosumer Aging 2021. Para chegar a uma conclusão ponderada, foram ouvidas 12 mil pessoas em 28 países, incluindo o Brasil, cuja amostra contou com depoimentos de 500 indivíduos. 

Dados do Brasil no Prosumer Aging 2021 mostram que há pouca reflexão sobre envelhecimento. A pesquisa esclarece que o Brasil é o país com mais medo do avanço etário. “A relevância da discussão antecipa uma sociedade em que mais de uma em cada cinco pessoas terá mais de 60 anos. Com o aumento da expectativa de vida, cada vez mais vamos desafiar os estereótipos relacionados à idade e repensar o que significa o termo mais velho”, pondera o trabalho da BETC Havas.

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Revolução com 5G
A tecnologia 5G promete maiores transferências de dados em menor tempo, além de um número muito maior de conexões simultâneas a uma velocidade que poderá ser de 50 a 100 vezes maior que a da 4G. Além de velocidades de download mais rápidas, espera-se que o 5G facilite a adoção da internet das coisas (IoT), conectando à rede mundial de computadores, eletrodomésticos, carros autônomos, relógios inteligentes e smartphones, entre inúmeros outros itens de consumo. 

O otimismo com a nova tecnologia já tomou conta do mercado publicitário. A expectativa é de uma nova revolução digital. “Acho que será o maior salto que este século nos apresentará”, entusiasma-se Raul Dória, sócio-diretor da produtora Cine. Entre as novas possibilidades que se vislumbram está o avanço exponencial da interatividade, que permitirá uma jornada do consumidor completa.

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Uma Só Globo
Em entrevista exclusiva ao PROPMARK, Manzar Feres, diretora de negócios em publicidade da Globo, detalha as etapas do funil que propiciam às marcas awareness, consideração e conversão. Em fase de consolidação do projeto de integração Uma Só Globo, a emissora se apresenta como ecossistema híbrido que inclui TV aberta, 26 canais fechados, digital, o fantasy game Cartola e Globoplay, esse com 185 milhões de visualizações mensais. Nesta semana (dias 26 e 27) promove o Upfront para apresentar inovações em formatos, serviços e ferramentas para o mercado anunciante.