El Ojo começa na Argentina e Brasil tem 240 cases finalistas
Nem todas as pessoas se relacionam da mesma forma com as marcas
A 27ª edição do Festival Internacional El Ojo de Iberoamérica 2024, realizada no Centro de Convenções La Rural, em Palermo, na cidade de Buenos Aires, na Argentina, começou nesta quarta-feira (13).
O Brasil tem 240 cases finalistas em 23 categorias: 33 no El Ojo Digital & Social; 23 em Media; 21 em Producción Audiovisual; 21 em PR; 20 no El Ojo Directo; 16 em Ideia Local (Brasil); 14 em Experiencia de Marca & Activación; 13 no El Ojo Sustentable; 10 no El Ojo Contenido; 9 em +Mujeres (Criativas e Realizadoras); 9 em Design; 8 em Sports; 7 em Vía Pública; 6 em Salud & Pharma; 6 em Gráfica; 6 em Creative Data; 5 em Eficácia; 4 em Film; 3 em Radio & Audio; 2 em Melhor Idea Latina para o mundo; 2 do El Ojo Creative Commerce; 1 do El Tercer Ojo; e 1 em Transformación Creativa del Negocio.
Amor e dados
“Já vimos beijos famosos e polêmicos, que ajudaram até a derrubar muros. E tem outros que demandam mais esforços”, disse Ramiro de Lusarreta, CEO da agência digital Massive, do México, no painel ‘Amor para siempre: Cómo late la data en mi corazón’, apresentado na manhã desta quarta-feira.
Na relação de consumo com as pessoas ocorre o mesmo. "A primeira investida começa em conhecer quem são as pessoas que realmente compram a marca”, disse Lusarreta.
O executivo mostrou a importância de se montar uma estratégia de business intelligence e data analytics para identificar momentos de consumo e aproximar as marcas das pessoas. Informações coletadas a partir de first party data são vitais para estabelecer uma relação one to one e gerar audiência própria sem depender de terceiros.
“Quando os dados estão organizados e claros, a marca consegue partir para a coleta de outras informações que podem ser compartilhadas com parceiros de negócios”, aponta Lusarreta.
A criação de um ecossistema de tecnologia integrada permite criar comunidades e conversas específicas para determinados perfis de consumo. Essa dinâmica digital captura os dados de acordo com os hábitos dos consumidores. “Nem todas as pessoas se relacionam da mesma forma com as marcas”, lembra Lusarreta.
A estratégia garante ainda o desenvolvimento de campanhas data driven, que levam a relacionamentos baseados em confiança e à fidelização de marca. O uso dos dados para chegar ao coração dos consumidores já foi utilizado pela Massine em cases para Coca-Cola e para as cervejas Tecate e Heineken.
Vencedores
Em cerimônia marcada para 19h, o festival inicia a divulgação dos vencedores, começando pelos prêmios El Ojo Gráfica, El Ojo Producción Gráfica, El Ojo Radio & Audio, El Ojo Producción de Audio & Sonido, El Ojo Salud & Pharma, El Ojo Eficacia, El Ojo Design, El Ojo Producción Audiovisual e El Ojo Local.
O festival vai até o dia 15 de novembro. O julgamento das peças começou no dia 29 de outubro com mais de 300 jurados, que votaram de forma online, e 18 presidentes de júri. Eles selecionaram os finalistas e, em seguida, os vencedores de Ouro, Prata e Bronze.
Júri
Entre presidentes e jurados brasileiros, o Brasil somou 48 profissionais, que ajudaram a escolher os trabalhos mais criativos da América Latina. Um grupo de 43 brasileiros analisou trabalhos em 17 das 19 categorias do festival.
Entre os cinco presidentes de júri do Brasil, estão Vanessa Giannotti, vice-presidente de mídia da Ogilvy Brasil e líder BR de OpenX na WPP; Fred Luz, diretor da O2 Filmes; e Rafael Urenha, sócio-fundador e CCO da Galeria. Eles lideraram os júris de Media, Producción Audiovisual e Digital & Social, respectivamente. Já Paulo Areas, CCO e head of business transformation da TBWA Espanha, comandou o júri de Direct, enquanto Vanessa Brandão, diretora de marketing global para core beer do grupo Heineken, conduziu o de Eficácia.
Os brasileiros também estão entre os conferencistas: Rafael Nasser, CEO da Hogarth Brasil; Keka Morelle, CCO Latam da Ogilvy Latina; Bruno Regalo, global chief design officer da TBWA Worldwide; e Icaro Doria, presidente e CCO da DM9. Neste ano, mais de 30 profissionais apontaram o caminho a ser trilhado pela criatividade nos próximos anos, com inclusão, tecnologia e inteligência artificial.