Em ação
A princípio era um sonho no interior de São Paulo. Quase três anos depois, o desafio é administrar o rápido crescimento da BP One, agência de live marketing de Ribeirão Preto, que no próximo mês abre dois novos escritórios: em São Paulo e Curitiba. A projeção é de crescer 100%, parte do aumento da receita vem de ações ligadas às Olimpíadas para Ambev, Oi e Cyrella, esta última recém-conquistada. Num mercado que movimenta mais de R$ 40 bilhões ao ano, a mensuração de resultados também é outro desafio. Para tanto, a agência adquiriu há um mês a Absoluta, empresa de tecnologia também do interior de São Paulo, que faz todo o sistema de gestão para acompanhar o andamento das campanhas. O modelo de negócios da BP One prevê atendimento da cadeia como um todo: criação, planejamento, produção, execução, logística e ativação. Para isso, conta com seis empresas parceiras e o suporte do Grupo Banana’s.
Por partes, a BP One faz parte do Grupo Banana’s dos sócios Alysson Peixoto, Luit Marques e Marcelo Rocci, que possuem as empresas: BP One, de live marketing; Bananas Eventos, produtora de eventos; B3 e Luit& Rocci, empresas de apoio para infra, gestão e operação; Cauliflora,espaço de eventos; Loja Via Mia, franquia de calçados e acessórios femininos, além da Vita Tour, agência de turismo. De acordo com Alysson, a história toda partiu de um projeto para aAmbev na Copa do Mundo em 2014, quando ainda o Grupo fazia live marketing pela unidade de marketing promocional da produtora Banana’s Eventos. Foi a ação do Cinturão da Copa, envolvendo quase 500 pontos de vendas em12 capitais. Os bares se localizavam no entorno num raio de até três quilômetros. “Não posso deixar de falar na Ambev, que foi nossa primeira cliente. Primeiro grande projeto que atuamos com o grupo inteiro: criamos, planejamos, produzimos, projetamos, operamos logisticamente, além de iniciar a mensuração, ainda sem a empresa de gestão. Foi um projeto vencedor que abriu caminho para iniciarmos uma história”, explica Alysson. Alguns valores da gigante fabricante de bebidas foram inclusive incorporados à BP One: meritocracia, esquema de bônus, metas, três diretores viraram sócios do negócio. Eram apenas cinco colaboradores, atualmente são 50, atendendo a clientes como Oi, Vans, Ambev, Syngenta, Minerva, Souza Cruz, etc.
A unidade de marketing promocional que começou dentro do Banana’s foi separada para ter uma gestão independente comandada atualmente por Alysson. “Foi muito mais rápido do que imaginávamos. Tínhamos dois caminhos que considerávamos relevantes para a nova empresa: inverter o processo construtivo da cadeia de uma agência, ou seja, uma agência de live marketing pensa em primeiro lugar na contratação dos melhores criativos, atendimento, escritório bacana, mas nós não tínhamos condições para isso, nem de trazer os profissionais, pois queríamos manter a matriz em Ribeirão, então construí modelos de negócios com parceiros associados permitindo criar, planejar, produzir.Tenho duas indústrias associadas de comunicação visual, merchandising e tecnologia aplicada, uma unidade de operação e logística, um profissional que dirige 52 coligadas nossas, e incorporamos uma empresa de sistema de gestão e tecnologia, com a qual eu consigo mensurar qualquer atividade. Por exemplo, temos um projeto com a Ambev do mini RGB com três mil pontos de vendas, com um controle de gestão de KPIs de tudo que vai desde a produção na indústria à ativação no PDV”.
“Era um sonho, criar, planejar, produzir, operar logisticamente e positivar, além de mensurar tudo isso. Ficamos um ano vendendo este projeto às empresas. Temos hoje empresas parceiras que já representamos 70% do faturamento delas, estas trabalham como parte de um grupo. Temos contrato com a Oi, tudo que acontece de trade na companhia passa pela BP One. Alguns clientes contratam tudo, outros pontualmente. Na Fast Shop vou desenvolver um sistema de gestão para controle de ações e campanhas. Posso trabalhar o todo ou pontualmente. Passamos a ter inteligência industrial porque algumas soluções no PDV, quando vamos fazer em larga escala, algumas peças encarecem. Conseguimos ter solução em material com a mesma intensidade e comunicação desejável com valor 10 vezes menor”.
A meta de expansão da BP One é agressiva, abrir até 2018 escritórios no Centro-Oeste, Sul e Nordeste, esta última, porque as empresas que são atendidas pela BP One têm suas filiais por lá. O faturamento da agência no ano passado foi de R$ 11 milhões, a meta para 2016 é de R$ 20 milhões.