GfK inicia mensuração de audiência de TV aberta no Brasil
Os meses de negociações entre emissoras de TV brasileiras e o grupo de pesquisa de mercado alemão GfK (Gesellschaft für Konsumforschung – Sociedade para Pesquisa do Consumidor) finalmente chegaram ao fim. Representante da empresa na reunião da diretoria executiva nacional e do conselho diretor da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), realizada nesta sexta-feira (16), em Brasília (DF), Dominique Vancraeynest apresentou as tecnologias e métodos utilizados pela multinacional na medição de audiência e adiantou parte dos planos da GfK, presente em mais de 100 países, para o Brasil.
De acordo com o executivo, 66 mil domicílios, de 15 áreas metropolitanas do país, participarão da primeira fase de pesquisas, que contará com entrevistas presenciais, assistidas por computador e/ou questionários em papel. “Nossa ambição é ampliar o leque de cidades cobertas. O plano é que, entre 2016 e 2017, tenhamos nossa atuação consolidada no Brasil”, declarou. Quatro emissoras de TV se uniram para bancar os custos da GfK, concorrente direta do Ibope: SBT, Band, RedeTV! e Record. Com isso, entre os principais canais abertos, apenas a Globo fica de fora na etapa inicial do trabalho. “Há um consenso entre as redes para que avancemos na proposta de construir um sistema mais robusto que o atual. Este é um impulso mais estratégico e estamos levando muito a sério”, afirmou José Roberto Maciel, presidente do SBT.
Fundada em 1934, a GfK tem tido crescimento médio anual de 15% nos últimos cinco anos. A companhia é forte na Europa e considerada uma das maiores do mundo no seu segmento. Segundo Vancraeynest, o foco atual está em novos mercados, entre eles América Latina, Oriente Médio e África. Cerca de 600 empresas utilizam seus serviços.