Emissoras gaúchas doam mais de R$ 550 milhões em mídia

Nos últimos dez anos, as emissoras gaúchas doaram mais de R$ 550 milhões em mídia para ações sociais. O dado foi apresentado na semana passada pela Agert (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TV), em Porto Alegre, no último dia 25 de setembro – que marca o Dia Nacional do Rádio –, e faz parte da 10ª edição do Relatório Social da entidade.

O presidente da Agert, Roberto Cervo, o Melão, considera o número muito bom e que é gratificante ver que as rádios estão contribuindo para o benefício da sociedade. “Alcançamos o nosso objetivo”, avalia. “Este número de mídia doada vem crescendo ano a ano”, continua.

O relatório foi instituído em 2004 para que os veículos da radiodifusão aprofundassem os vínculos com as suas comunidades. O projeto visa dar mais transparência e visibilidade à contribuição que as emissoras realizam, por meio de diversas formas de apoio a projetos de interesse público.

Entre as 351 emissoras filiadas, 232 participaram do relatório, correspondente ao ano de 2013, comprovando a mídia doada às suas comunidades. “Esta foi uma adesão histórica ao projeto da associação desde que foi criado”, diz Melão. Em 2013, as emissoras doaram mais de R$ 64,3 milhões em mídia para a sociedade gaúcha, por meio de projetos comunitários, assistenciais, culturais, ecológicos, recreativos e de capacitação e sustentabilidade. “Precisamos trabalhar ainda mais para conquistar a adesão de todas as filiadas e mostrar a totalidade de nossa contribuição social para o estado”, destaca o presidente.

Para a coordenadora do projeto e vice-presidente de capacitação, Myrna Proença, o relatório vem mudando a cultura interna das emissoras, criando uma consciência social dos colaboradores que, como comunicadores, multiplicam a sua influência nos formadores de opinião das comunidades onde atuam.

Ass 351 emissoras afiliadas da Agert atingem 11 milhões de pessoas, com 100% de cobertura no estado. Para Melão, a força do rádio continua sendo muito grande mesmo com a convivência com as novas tecnologias. “Acreditamos cada vê mais que o radio é o segmento da sociedade, das famílias”, comenta.

Segundo o executivo, o futuro do setor está em aumentar a qualidade do sinal aos ouvintes, por meio da migração do AM para FM. E os três estados da região – além do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina – são os últimos a serem contemplados com a migração. Está marcada para 28 de fevereiro de 2015 a consulta pública para ver quantas emissoras querem sair do AM e migrar para o FM. “A maioria já demonstrou a intenção de migração. Entre as 189 emissoras AM no Rio Grande do Sul, 140 já assinaram. Mas ainda não sabemos os valores para fazer a mudança”, conta Melão.