Empresas com consumidores satisfeitos têm uma performance melhor
Citando aspectos financeiros negativos, como a redução de investimento das companhias de tecnologia e inclusive o declínio de economias promissoras como a do Brasil, Mark Hurd, CEO da Oracle, afirmou que as empresas que quiserem crescer precisam fazer seus consumidores felizes. O executivo fez uma apresentação durante o Modern Marketing Experience, evento realizado pela própria Oracle em Las Vegas, nos Estados Unidos, nesta semana.
Mark Hurk, CEO da Oracle
O dado citado pelo executivo é referente ao American Customer Satisfaction Index (ACSI) de 2015, que apontou que as companhias com clientes satisfeitos têm performance melhor no mercado do que seus concorrentes. O ACSI usa informações de entrevistas feitas com 70 mil pessoas para medir o grau de satisfação dos consumidores com as empresas.
E como é possível aumentar a satisfação dos consumidores? “As pessoas estão buscando por inovação e os anunciantes precisam saber mais sobre elas para engajá-las. Com soluções e plataformas que integram dados e informações para oferecer produtos e serviços relevantes, as empresas conseguem aumentar o nível de satisfação dos consumidores e ao mesmo tempo melhorar os seus próprios resultados”, disse Hurk.
Segundo o executivo, esse é o momento para as empresas conhecerem seus consumidores, compartilhar dados e conhecimento por meio de todas as linhas de negócios. “Só assim as marcas vão conseguir personalizar a sua comunicação e ter ofertas relevantes de produtos e serviços, melhorando a experiência de consumo”. “Nosso trabalho é ajudar as empresas nesse processo de integração de dados em todos os canais digitais, mapeando os hábitos, desejos e preferências de seus consumidores”, acrescentou ele.
O CEO da Oracle destacou que a digitalização dos processos de marketing, principalmente com o aumento das soluções em nuvem, barateou os custos e ao mesmo tempo transformou completamente o modelo de negócios. “Não há nenhuma chance de ser competitivo no modelo de negócios antigo. Custa menos e traz mais inovação para os negócios. É um modelo mais simples. Mudando para cloud, a companhia terá todos os dados e informações integrados em todos os canais de comunicação. É uma grande oportunidade”.
Hurk também lembrou da força dos millennials, geração nascida entre 1980 e 2000, dentro desse contexto. A previsão é quem em 2020 eles representarão 50% da força de trabalho global. Para o executivo, comparada a outras gerações, a geração dos millennials faz a grande diferença no que diz respeito ao uso da tecnologia. “Eu acho que não há diferença entre os valores, como flexibilidade, carreira, liderança. A verdadeira diferença entre as gerações é o uso da tecnologia. Os millennials têm uma habilidade diferente, esperam experiências melhores. Eles também são experts em reclamar”.
Brasil
Sobre o Brasil, o executivo reforçou que a Oracle tem uma grande operação no país, que é muito bem-sucedida. E que apesar do atual “cenário econômico caótico”, a companhia vai manter os seus investimentos no mercado brasileiro. “O Brasil tem uma economia gigante e grandes empresas. O país está passando por um momento político difícil, mas que será resolvido. Vamos manter o curso, acreditamos que o Brasil vai se recuperar”, falou ele.
Soluções
A Oracle tem soluções em marketing cloud como Data Management Platform; Cross-Channel Orquestration, Marketing Automatation, Social Marketing; Commerce; Mobile Marketing; Marketing Analytics e Content Marketing.
No terceiro trimestre do exercício fiscal 2016, a empresa reportou receitas totais de US$ 9 bilhões. Dentre as receitas que mais cresceram, estão as de SaaS (Software como serviço) e PaaS (Plataforma como serviço) na nuvem, que somaram US$ 583 milhões, representando um aumento de 57%. “Em termos absolutos, a Oracle já está gerando mais receitas em soluções SaaS e PaaS empresariais que qualquer outra companhia do mundo”, disse Larry Ellison, presidente e CTO da Oracle. “Estamos crescendo muito mais rápido que a Salesforce.com”.