Empresas de tecnologia criam associação “online to off-line”

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Yan Di, diretor da Baidu no Brasil, preside a nova entidade

 Um grupo formado por 22 grandes empresas de tecnologia, muitas delas concorrentes diretas, e três fundos de investimentos, fundaram juntas nesta semana a Associação Brasileira de O2O (ABO2O). A entidade, que nasce a partir de uma iniciativa inédita em mercados latino-americanos, representará companhias que trabalham no modelo que tem sido chamado de “online to off-line”, que é quando as pessoas compram e contratam serviços por meio de canais digitais que serão entregues na vida real sem a necessidade de intermediários, como passagens aéreas compradas pela internet ou corridas de táxi chamadas por aplicativos.   

Diferentemente do conceito omnichannel, que integra lojas virtuais e espaços físicos reais e está mais relacionado a produtos, o “online to off-line” é mais ligado a serviços. Segundo a recém-criado ABO2O, este é um mercado que já movimenta mais de R$ 1 trilhão por ano, impulsionado sobretudo pelo surgimento de serviços inovadores e pelo boom de investimentos no setor. 

A entidade será presidida por Yan Di, diretor-geral do Baidu Brasil, companhia chinesa equivalente ao Google. Segundo o executivo, o momento atual da economia brasileira é adequado para o crescimento do “O2O” justamente por pressionar consumidores e empresas a buscar maior eficiência em custos e operações, característica central deste modelo de negócios no qual empresas e clientes se relacionam diretamente. “Os objetivos da associação são incentivar o crescimento do mercado brasileiro de O2O, defender o interesse coletivo da indústria e auxiliar as empresas do setor a desenvolver serviços que facilitem a vida do consumidor com a oferta de produtos mais inteligentes e práticos”, diz. 

Neste primeiro momento, a entidade já conta com sócios do porte de 99 Taxis, Easy Taxis, Baidu, Apontador, Peixe Urbano, Restorando, Grubster e Kekanto.

Os membros da associação acreditam que, com a penetração do uso da internet móvel no Brasil possibilitada pelos smartphones, até nos cenários mais modestos, taxa de crescimento do setor “O2O” será sempre no patamar de dois dígitos ano a ano, índice bastante superior ao registrado por negócios da economia considerada “tradicional”.