Empresas fazem mais investimento em promoção e incentivo na crise
A crise que a economia brasileira vive atualmente atingiu diversos setores da comunicação. E o live marketing foi uma dessas áreas que, assim como o país, anda sofrendo com a recessão. “O mercado de live marketing no Brasil sofre com a crise. Alguns segmentos dentro do marketing promocional sofreram mais que outros, mas posso dizer que não se vive um ano muito bom, como o Brasil não vive um momento muito bom”, afirma Wilson Ferreira Júnior, presidente da Ampro (Associação de Marketing Promocional).
Wilson Ferreira Júnior, presidente da Ampro: “os Jogos Olímpicos não têm essa representatividade para o mercado de live marketing”
No entanto, dentro do vasto leque que atende pelo nome de marketing promocional, algumas áreas se destacaram apesar da crise. “Para o mercado de promoções e de incentivo não houve uma queda tão expressiva e, em alguns casos, houve até um aumento, porque, em momento de crise, como esse que estamos vivendo, a empresa investe bastante em promoção, em incentivo”, garante o executivo.
Andréa Prochaska, sócia-diretora de planejamento e atendimento da Bem Mais Comunicação Integrada, classifica o ano até aqui como desafiador. “A gente está tendo de olhar para o mercado de uma forma bastante diferente para entender mais as demandas do cliente, que tem buscado, além da criatividade, por exemplo, um bom preço”, diz.
Ainda de acordo com a executiva, a palavra, neste atual momento, é reinvenção. “Cabe às agências se reinventarem e entenderem melhor um pouco esse cenário e buscar essa adequação da criatividade ao custo mais viável ao nosso cliente para que esse mercado continue girando a nossa economia”, garante.
Já Beatriz Possebon, diretora de planejamento da Trendix, acredita que o mercado não é mais o mesmo. “O mercado mudou e mudou de uma forma que não volta mais. A zona de conforto e de conflitos que tínhamos antigamente não volta mais. Agora temos de nos reinventar muito pautados pela ética e pela integridade para que possamos achar novos rumos para seguir”, afirma.
Mas, apesar da atual situação econômica, o clima é de otimismo, principalmente para o segundo semestre deste ano. Ferreira Júnior acredita que existe uma melhora a caminho. “A expectativa é, sim, de melhora, mas sem entusiasmo, para o segundo semestre deste ano”, revela o presidente da associação.
Essa expectativa caminha sozinha, sem o auxílio, por exemplo, dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que serão realizados em agosto, no Rio de Janeiro. De acordo com Ferreira Júnior, esse evento não tem uma representatividade para o mercado de live marketing.
“Os Jogos Olímpicos não têm essa representatividade para o mercado de live marketing, no entanto, é uma vitrine internacional para as agências brasileiras, que vão desenvolver projetos para marcas globais, que serão visíveis para bilhões de pessoas”, afirma.
DIA AMPRO
Para auxiliar o mercado, a Ampro realizou, no último dia 28, em São Paulo, encontro que teve como objetivo conscientizar o mercado de live marketing sobre as boas práticas do setor, fundamentais para a construção de um mercado mais saudável, maduro e sustentável.
“O desafio é fazer com que os players se conscientizem sobre a sustentabilidade dos negócios. Queremos que clientes, agências e fornecedores trabalhem em bases sustentáveis”, diz o presidente da entidade. “Queremos, também, que as margens de rentabilidade sejam boas para todos os envolvidos”, complementa o presidente da Ampro.
NOVA DIRETORA
Patrícia Segatto é a nova diretora-executiva nacional da Ampro. A contratação da executiva tem como foco a implementação do plano de trabalho proposto pela nova gestão da entidade para o biênio 2016/2017, comandado pelo chairman Celio Ashcar Junior e pelo presidente Wilson Ferreira Junior.