Encontro da Exame no Rio discute legado das Olimpíadas

O prefeito Eduardo Paes: muito mais do que um evento esportivo

A 255 dias da realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016, foi realizado nessa terça-feira (24), no Hotel Sofitel, em Copacabana, o 1º Exame Fórum Abril no Rio, com o tema “Rio 2016: Muito além de um evento esportivo”, que reuniu para falar de legado e negócios gerados pelo evento Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro (foto acima), Henrique Alves, ministro do Turismo, Nizan Guanaes, sócio fundador do Grupo ABC, Thomaz Assumpção, presidente da consultoria Urban Systems, José Carlos Pinto, sócio-líder de consultoria da Ernst & Young (EY) no Rio de Janeiro, e o arquiteto Vinicius M. Netto, especialista em desempenho urbano. 

“Estamos lidando com muito mais do que apenas um evento esportivo. Isso inclui a imagem positiva do país e o legado  para dentro, para os cidadãos”, disse o prefeito Eduardo Paes.

Ele afirma ter feito a escolha por realizar jogos que sirvam à cidade, e não que a cidade simplesmente sirva aos jogos. “Este é o legado”, destacou. 

Tratado como celebridade e ovacionado de pé após sua participação, Nizan Guanaes, presidente do grupo ABC, marcou presença ao abordar a marca Rio. Declarou-se fã de Eduardo Paes e apaixonado pelo Rio de Janeiro. Para ele, falta ao Rio e ao Brasil mentalidade turística, especialmente para se vender no exterior. 

“Temos pouco foco em turismo. Somos mais competentes para divulgar nossas incompetências do que nossas forças. O mundo precisa ouvir nossas histórias, e precisamos focar mais em storydoing do que em storytelling”, disse.  

Para ele, o Rio de Janeiro é o Brasil global: um ótimo produto, que precisa ser vendido. “Não temos awareness internacional. Não há um calendário de eventos que converse com o mundo. Precisamos pensar as coisas com os olhos dos outros, e não os nossos. A verba de mídia do Brasil lá fora não dá para espalhar nem boato”, brincou. 

Nizan Guanaes, do Grupo ABC: precisamos focar no storydoing

 O Ministro do Turismo, Henrique Alves, lamentou a falta de verbas. “O país uma gigante potencialidade para o turismo e vamos usar este momento a favor para atrair turistas de todo o mundo. Infelizmente temos somente US$ 20 milhões destinados à promoção do turismo”, disse  o Ministro, que está tentando aprovar um projeto de lei que permitirá a isenção de vistos para entrada no Brasil durante 90 dias, no ano que vem, no período das Olimpíadas. Também planeja veicular na América Latina uma campanha institucional mostrando o Brasil como o melhor destino do verão.