Encontro discute mídia OOH e Olimpíadas
Ao contrário da Copa do Mundo, em que as marcas estão expostas em placas no gramado, em backdrops e nas arquibancadas, os Jogos Olímpicos são diferentes. Neles, a exposição é mais restrita. Marcas não entram nas arenas como no Mundial de futebol, por exemplo.
Mas isso não chega a ser um empecilho para as empresas que vão patrocinar as Olimpíadas deste ano, no Rio de Janeiro. Além das cotas de televisão, outra opção estratégica atende pelo nome de mídia out of home.
E foi a mídia OOH que deu nome ao summit promovido, nesta terça-feira (2), pela Posterscope Brasil, agência especializada neste segmento e em brand experience que integra a Dentsu Aegis Network. Douglas Tsukimoto, diretor de marketing da JCDecaux, acredita que a mídia OOH será uma boa aposta para as marcas durantes os Jogos Olímpicos.
“Os turistas estrangeiros vão circular bastante nas ruas, os brasileiros, por sua vez, têm muito o hábito de assistir os jogos nas ruas. E tudo isso, não tenho dúvida, vão atrair muito a atenção para a mídia out of home”, garante.
A aposta da empresa, que é responsável pelas zonas norte e oeste do Rio de Janeiro – além do Aeroporto Internacional do Galeão –, é que o alcance seja de milhões de pessoas. “A organização está estimando que o Rio de Janeiro vai receber o mesmo número de turistas que a Copa do Mundo recebeu em 12 cidades-sede”, diz. “O Rio deverá receber 1,5 milhão de turistas adicionais”, completa o executivo.
Douglas Tsukimoto, diretor de marketing da JCDecaux
Ainda de acordo com Douglas Tsukimoto, as marcas já entenderam a importância da mídia out of home. “As marcas que estiveram presentes durante a Copa do Mundo perceberam que os resultados apareceram, que houve uma boa visibilidade”, diz.
A Clear Channel é outra empresa responsável pelo mobiliário urbano da cidade que receberá os Jogos Olímpicos deste ano. Para Mônica Lamas, presidente da empresa, todo evento que envolve atletas e jovens pede uma presença forte das marcas. “As pessoas não vão estar em casa vendo televisão, elas vão estar nas ruas. E a mídia out of home vai ser fundamental neste quesito”, conta. A executiva, que também presidente a ABMOOH (Associação Brasileira de Mídia Out Of Home), revela que as ativações de algumas marcas já começaram.
“Muitas marcas já compraram o período pré-olímpico e as ativações já estão sendo trabalhadas desde o começo deste ano”, destaca.
OTIMA
A Otima desembarca neste ano no Rio de Janeiro. A empresa de mobiliário urbano, que nasceu na capital paulista, chega na Cidade Maravilhosa em uma das áreas mais comentadas ultimamente: a zona portuária, onde está o recém-inaugurado Museu do Amanhã.
“Demos um passo muito importante, pois entramos em uma das áreas mais comentadas do Rio de Janeiro, que é onde vai acontecer a fan fest das Olimpíadas, além de ser um ponto de conexão para os turistas”, afirma Violeta Noya, presidente da Otima.
A área de cinco milhões de metros quadrados, que será explorada pela Otima, terá 600 faces – tanto estáticas quanto as digitais – e 53 quiosques. “Além disso, nós doamos para a cidade 460 bancos e 640 lixeiras”, revela.
SUMMIT
Um dos objetivos do Summit OOH Day foi apresentar maneiras de potencializar a exposição das marcas utilizando ferramentas tecnológicas em estratégias de mídia OOH.
“A ideia é inserir no mercado publicitário brasileiro de mídia externa o que há de mais avançado em tecnologias de interatividade, tornando muito mais significativa a experiência do torcedor com uma marca”, diz Otto Frossard, diretor estratégico da Posterscope Brasil.
A agência também está buscando tecnologias inéditas para o mercado brasileiro, que poderão ser utilizadas pela primeira vez durante os Jogos Olímpicos. Uma delas é o LivePoster, ferramenta proprietária da Posterscope que possibilita diversas funcionalidades em telas digitais, como a transmissão Real Time em multimercados.
Outra novidade é o Viuing, device que amplia a experiência do torcedor dentro de uma arena. “Você praticamente tem o controle de uma câmera de TV em suas mãos para poder escolher o que assistir de pertinho, mesmo sentado na arquibancada”, explica Frossard.