Entidades de imprensa condenam ataque contra publicação francesa
A Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) divulgou uma nota em repúdio ao ataque e considera o ato como inaceitável e um perigo para a liberdade de expressão.
Igualmente, a Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) também repudiou o ataque que define como “violência contra a liberdade de expressão”. A entidade reconhece que os profissionais da área precisam respeitar símbolos de outras religiões, inclusive explicando que o islamismo prega a paz e não o terror promovido por minorias radicais, mas classifica o acontecimento como injustificável.
“Por mais que um veículo de mídia – neste caso, de desenhistas – esteja desrespeitando esses preceitos religiosos, não se justifica essa violência, que é prejudicial aos próprios povos do Islã, já que o termo “islã” está ligado à palavra árabe salam, que significa paz, o que indica o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica”, declara o presidente da ACB, José Alberto Lovetro.
No fim da nota, a associação de profissionais que fazem jornalismo na mesma linha do Charlie Hebdo declara “luto total”.
Esta não é a primeira vez que a publicação sediada em Paris é vítima de atentados. Em 2011, houve uma tentativa de incêndio na mesma sede em consequência de charges que retratavam Maomé.
Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado até o momento.