Entidades de imprensa condenam ataque contra publicação francesa

Entidades ligadas ao setor de comunicação e imprensa começam a se manifestar diante do atentado terrorista contra o jornal de humor francês Charlie Hebdo. Nesta quarta-feira (7), atiradores invadiram o prédio da redação e assassinaram 12 pessoas. Entre os mortos estão o editor e chargista Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, os desenhistas Cabu Tignous e o famoso cartunista Wolinski.

A Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) divulgou uma nota em repúdio ao ataque e considera o ato como inaceitável e um perigo para a liberdade de expressão.

Igualmente, a Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) também repudiou o ataque que define como “violência contra a liberdade de expressão”. A entidade reconhece que os profissionais da área precisam respeitar símbolos de outras religiões, inclusive explicando que o islamismo prega a paz e não o terror promovido por minorias radicais, mas classifica o acontecimento como injustificável.

“Por mais que um veículo de mídia – neste caso, de desenhistas – esteja desrespeitando esses preceitos religiosos, não se justifica essa violência, que é prejudicial aos próprios povos do Islã, já que o termo “islã” está ligado à palavra árabe salam, que significa paz, o que indica o caráter pacífico e tolerante da fé islâmica”, declara o presidente da ACB, José Alberto Lovetro.

No fim da nota, a associação de profissionais que fazem jornalismo na mesma linha do Charlie Hebdo declara “luto total”.

Esta não é a primeira vez que a publicação sediada em Paris é vítima de atentados. Em 2011, houve uma tentativa de incêndio na mesma sede em consequência de charges que retratavam Maomé.

Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado até o momento.