Entidades discutem a violação e o direito de sigilo da fonte

O vazamento da conversa entre o jornalista e colunista político, Reinaldo Azevedo, e a irmã do senador afastado Aécio Neves, Andrea Neves, levantou a discussão sobre a violação dos direitos de sigilo da fonte.

O bate-papo, que foi retirado do sigilo de todos os documentos da delação premiada dos donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, causou indignação e protestos de grande parte das entidades de imprensa de todo o país.  

Para a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), as violações perpetradas por agentes públicos que, em princípio, deveriam resguardar as leis, são afrontas ao Estado Democrático de Direito. E que o dever de preservar informações sigilosas é dos órgãos de governo e de seus servidores; não dos profissionais jornalistas, que não cometem nenhum crime ao fazer o trabalho de divulgar informações de interesse jornalístico.

Já para a Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão (Fenaert), a divulgação do diálogo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) quebra direitos fundamentais garantidos pelo artigo da Constituição Federal. “O conteúdo dos áudios jamais poderia ser divulgado publicamente”, afirma o presidente da Fenaert, Guliver Leão.

A divulgação do áudio levou Reinaldo Azevedo a pedir demissão da revista Veja. O jornalista agora passa a fazer parte do time de contratados da RedeTV! e será âncora de um novo programa que será transmitido nas plataformas digitais da emissora.