A Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) enviou ao mercado um comunicado, assinado também pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e ABAP (Associação Brasileira das Agências de Publicidade), reclamando sobre a dificuldade que as produtoras têm de efetuar o faturamento de serviços e depois também enfrentam atraso nos pagamentos. Alguns clientes inclusive estão deixando de remunerar as empresas por serviços executados.

Por isso, a Apro recomenda que, a partir de agora, as produtoras de filmes, som e fotografias não aceitem sob nenhuma hipótese condições de faturamento que extrapolem os seguintes prazos: os projetos serão faturados em 100% na sua aprovação, podendo ser dividido em 2 vezes, sendo 50% a 30 dias e 50% a 60 dias, sempre da aprovação do orçamento. “Orientamos, ainda, que nenhuma reunião de produção seja feita sem o faturamento dos 100%. Adicionalmente, recomendamos que os contratos passem a  determinar que qualquer possibilidade de atraso no pagamento deverá ser comunicado por escrito com pelo menos 7 dias de antecedência, explicitando o motivo do pedido de prorrogação”, diz o comunicado.

Para João Daniel Tikhomiroff, presidente da Mixer, a ação é uma tentativa de educar o mercado, deixá-lo mais disciplinado e fazer com que as empresas respeitem mais o trabalho das produtoras. “A Mixer é afiliada e acompanha as decisões da Apro. Temos que defender os interesses da nossa classe, mesmo que os problemas não aconteçam com todas as produtoras”, afirmou.

Além da Apro, Abrafoto (Associação Brasileira dos Fotógrafos de Publicidade) e Aprosom (Associação Brasileira dos Produtores de Fonogramas Publicitários) também aprovam o documento.