Era um dia festejado
Tempos atrás, houve um congresso de publicidade, em algum país da América do Sul, e foi criado o Dia Pan-americano de Propaganda.
Tempos depois, o mesmo se repetiu em alguma cidade norte-americana e foi criado o Dia Mundial da Propaganda, sempre a 4 de dezembro.
A atividade cresceu, tomou outros contornos, valoriza como merece o Cannes Lions e o dia comemorativo da atividade foi deixado para trás, sendo esquecido.
Assim são os valores de certas datas: nascem, crescem e depois são esquecidas pela própria força da atividade à qual se referem, provavelmente achando seus componentes que o mundo moderno não comporta mais esse tipo de comemoração.
Fica aqui, porém, o registro, para que ao menos não se esqueça de que um dia por ano pertencia à propaganda, com grandes comemorações em várias partes do mundo ocidental, valorizando uma atividade que só contribuiu para o desenvolvimento do planeta.
Na verdade, contribui até hoje, emprestando valor aos produtos e serviços e estimulando as pessoas não só a investir, como também a acompanhar a modernidade através das novidades que surgem a cada dia.
Uma das grandes forças da atividade publicitária reside hoje na saúde pública, como é o caso atual do coronavírus, inimigo oculto da população, que precisa ser informada cada vez mais sobre como evitá-lo.
Nesse sentido, a propaganda tem feito muito bem o seu papel, ajudada pelos meios de comunicação que felizmente não param de falar da pandemia, alertando a todos que o pior pode ainda não ter passado, principalmente no Brasil, onde uma boa parte da população prefere ignorar as recomendações sanitárias e se aglomera de forma absolutamente condenável, bastando um sol, uma praia ou até mesmo uma piscina.
Muitos estão pagando com a vida, após intenso sofrimento, por essa falta de cuidados, levando muitas vezes consigo alguns inocentes carregados pelas correntes humanas das comemorações.
Basta compararmos o Brasil aos países mais avançados do planeta, onde o corona também age, para vermos a diferença de comportamento.
Enquanto aqui as aglomerações parecem exercer um fascínio sobre boa parte do público, naqueles países – salvo algumas exceções – o resguardo tem sido o melhor remédio para o não aumento de vítimas fatais. Não fosse isso e eles apresentariam resultados bem superiores de vítimas fatais em relação aos nossos.
Pelo aumento da sua população, pelo crescimento da nossa industrialização e pelo extermínio de muitos campos verdes pelo país afora, com pouca ou nenhuma obediência ao reflorestamento, acabamos sendo incluídos entre os países de maior número de vítimas, fatais ou doentias, do coronavírus, o que no começo dessa história, em fevereiro ainda deste ano, sequer pensávamos nisso.
Nossa desídia ajudou a trazer esse desconhecido para as nossas plagas, ignorando ou até mesmo superando o número de vítimas de outros países que sentiram primeiro os efeitos danosos desse inimigo oculto.
A Folha de S.Paulo do dia 1º deste mês publicou um belo texto do consagrado Nizan Guanaes, de título Cidades são oportunidades, com um subtítulo que a tudo explica, neste momento difícil em que vivemos: “Se a gente melhorar a cidade em que a gente vive, a gente melhora a vida que a gente leva”.
Em poucas palavras, o brilhante redator Nizan Guanaes conseguiu deixar claro que a melhora sempre depende de nós, seja a cidade como um todo, um de seus inúmeros pedaços de trabalho e aí está o corona para possivelmente demonstrar que se aproveita de um aglomerado humano que vive mal onde vive.
Christina Leite, da TV Vanguarda, convida nossos leitores a assistirem ao documentário produzido pela emissora, em homenagem aos 85 anos de idade recém-completados pelo Boni, contando um pouco da sua história, com a participação dos maiores nomes da televisão e da publicidade do nosso país.
Saibam os horários das projeções pelo telefone (21) 2540-9006, da emissora do homenageado, ou pelo e-mail: christina@vanguarda.tv.
Este redator viu e achou incrível.
Imperdível também, nessa sucessão de homenagens, o livro patrocinado por Uajdi Moreira, montado e impresso na Referência Gráfica, contando a história do homenageado por muitos dos seus amigos, tratados no livro como personagens importantes que são da vida artística do país.
Dentre as incontáveis homenagens prestadas ao Boni, uma delas sobressai: o convite de alguns membros do CD da ESPM para integrá-lo, tão logo surja uma vaga, o que o deixou extremamente feliz.
Até porque não há eleitor nesse Conselho que não queira um talento como o Boni fazendo parte do grupo.
Nessas homenagens, ainda que antecipadas, a outro mago da TV brasileira, Silvio Santos, que no próximo dia 12 completa 90 anos de vida.