O Especial Mídia Digital, que se segue nas próximas páginas, traz um retrato vivo sobre o momento que o segmento atravessa e quais as suas perspectivas para este ano. Mas, o que deve chamar a atenção do leitor no conteúdo apresentado é o processo de integração das mídias, que é uma realidade apesar da insistência de alguns players na divisão “tradicional” e “digital”. 

As estratégias para alcançar pontos de conexão entre marcas e consumidores já derrubaram o muro entre on e offline. Hoje, dois ilustres “senhores”, o rádio e a televisão, por exemplo, também são digitais. Veículos impressos se consolidam com natural extensão em suas plataformas digitais. Estamos todos conectados, juntos e misturados.

Os leitores podem conferir que, com os processos cada vez mais digitalizados, não faz sentido usar a palavra digital para diferenciar on e off. Para o publicitário Eco Moliterno, diretor de criação da Accenture, o consenso é agrupar todos os meios como canais de interação. Para ele, a segmentação existe, apesar da tendência acelerada de integrar os universos, um grande desafio para o tripé agência, veículo e anunciante.

Você vai ver ainda que dados do IAB Brasil não deixam dúvidas quanto ao papel estratégico da mídia digital para anunciantes. A expectativa é que, até 2018, o mercado alcance R$ 14,8 bilhões. Mas o setor precisará ajustar vícios, como o imediatismo por resultados. Paulo Sanna, CCO da Wunderman, afirma que a cultura do “curtíssimo prazo”, intensificada pela crise econômica, é um dos principais desafios. “Projetos digitais mais sólidos têm no seu DNA a capacidade de mudar as coisas. E mudanças precisam de mais planejamento”, ele alerta.
Boa leitura!