ESPM e Columbia Journalism School discutem desafios da área
A ESPM e a Columbia Journalism School, escola de jornalismo da Universidade Columbia, promoveram nesta terça-feira, 1º de outubro, o 3º Seminário Internacional de Jornalismo. Durante o evento, especialistas brasileiros e americanos discutiram, entre outros temas, modelos de negócios que estão revolucionando a atividade e novas formas de consumo e produção de conteúdo.
Para Dalton Pastore, diretor-presidente da ESPM, o país vive um momento para debater a profissão. “É uma discussão que eu gosto muito de trazer para dentro da ESPM. Isso coloca nossos estudantes mais perto do mercado e da discussão real sobre a sustentabilidade do negócio”, disse.
Ernest Sotomayor, diretor das Iniciativas Latino-Americanas da Columbia Journalism, fez uma brincadeira logo em sua fala de abertura: “me perdoem, mas não trouxe minha bola de cristal, por isso não conseguirei dizer como será o futuro”. Para o executivo, a solução para o problema do setor é “simples”: “o jornalismo precisa de mais dinheiro”.
“Não há outra profissão que crie um produto novo todos os dias. Pensem sobre isso. O produto de hoje é completamente diferente de ontem. O de amanhã será diferente do de hoje”, destacou.
Para Sotomayor, um dos desafios é fazer jornalismo para pessoas que nunca leram jornalismo tradicional. Ao comentar a relação da profissão com os políticos, o diretor diz que “jornalismo é maior que Trump ou Bolsonaro”. “A única espada que temos é a verdade, fato e informação. É a única coisa que ditadores temem. Dados vão fornecer isso”, ressaltou.
Na sequência, o principal painel da manhã contou com a presença de Felipe Recondo, sócio-fundador do Jota; Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado; João Carlos Saad, presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação e Leão Serva, professor da ESPM e diretor de jornalismo da TV Cultura.
A cobertura completa do evento você confere na próxima edição impressa do PROPMARK.