ESPN mira mídia digital

 

Com o fim da parceria com o Grupo Estado na rádio, a ESPN do Brasil coloca agora suas fichas na mídia digital para ampliar sua audiência. Como uma de suas iniciativas para atingir esse objetivo, a empresa lançou nesta quarta-feira (9) a Rádio ESPN, disponível via internet e hospedada no site da própria da rede esportiva, que também dará novos rumos à sua revista.

A operação radiofônica tem base no sistema on demand, o que faz parte da primeira fase da nova plataforma de comunicação. Ainda em janeiro, porém, com o início dos campeonatos estaduais de futebol, começam as transmissões ao vivo. A ideia é fazer com que haja linearidade suficiente para manter uma programação ao vivo 24 horas por dia, segundo Luis Olivalves, gerente de novos negócios da ESPN.

Ainda de acordo com o executivo, a plataforma tem um plano de expansão. A rede já negocia parcerias com emissoras de frequência AM e FM, onde faria as jornadas esportivas que antes realizava na Rádio Estadão ESPN — extinta no último dia de 2012 e agora apenas Rádio Estadão. Aplicativos do canal para celulares e tablets também estão nos planos. “É uma forma de expandirmos o serviço em território nacional mais facilmente. Antes, estávamos muito restritos a São Paulo”, disse Olivalves.

A busca por emissoras de relevância no cenário da comunicação reflete, na visão do gerente de novos negócios, a preocupação da ESPN com a audiência que se habitou a ter um canal da rede no rádio, uma vez que a parceria que gerou a Rádio Estadão ESPN começou em março de 2011 e se encerrou em dezembro. “A gente quer investir muito no digital, pois achamos que essa plataforma vai nos dar uma audiência muito superior à que temos atualmente, mas não podemos abandonar o fã de esporte que nos escutava pelas rádios tradicionais”, ponderou.

Tablets

Outra marca da rede que deve passar às plataformas digitais é a Revista ESPN, que não é mais editada pela F451 Mídia (leia mais aqui). Olivalves garantiu que a equipe seguirá trabalhando, mas que manter a versão impressa da publicação é algo opcional e ainda está sendo estudado pelos executivos. O mais provável é que a revista ganhe versões para tablets, smartphones e desktops.

O executivo indicou que a migração para as plataformas digitais faz parte da estratégia traçada pela empresa. “Temos uma equipe grande e vantagens como estar em eventos de grande porte e acompanhar bastidores, coisas que rendem um conteúdo nem sempre aproveitado. Queremos produzir algo que agregue valor ao que já é feito pela ESPN, que faça parte da nossa estratégia”, finalizou.