‘Esse é um momento de consolidação da nova DPZ’
Benjamin Yung, presidente da DPZ, estima um crescimento de 26,8% em 2025
Benjamin Yung pode até não ter as iniciais de seu nome encravadas na agência por ele hoje presidida. Mas a herança deixada por Roberto Duailibi, Francesc Petit e Jose Zaragoza “se reflete em tudo o que fazemos na DPZ, em nossa paixão pelo ofício e no compromisso de todo o time com a efetividade criativa, desenvolvendo ideias inovadoras, que transformam os negócios e a sociedade”, testemunha Yung. A consolidação da nova DPZ excele em números. Sob o comando de Yung, a agência do Publicis Groupe espera crescer 26,8% em 2025. Já avançou 31,5% em receita no ano passado. Electrolux, Ypê e Sportingbet estão entre os clientes. Grupo Campari chegou no último mês de fevereiro. Yung exalta o modelo brasileiro combinado entre criação e mídia, garante que inteligência artificial é ferramenta e critica o retrocesso na agenda ESG.
Quais os principais momentos de sua carreira até chegar à DPZ?
Sou formado em administração de empresas pela FGV. Comecei minha carreira em consultoria financeira, depois passei pelo marketing da Unilever. Mas foi quando decidi seguir minha paixão pela criatividade que mergulhei de vez na publicidade. Essa mistura de experiências me deu um olhar privilegiado: consigo unir pensamento estratégico com visão criativa em tudo que faço. Sempre digo que criatividade e efetividade andam tão juntas que até rimam. Ao longo dos meus 28 anos de carreira, passei por agências como Y&R, Leo Burnett, DM9, FCB e AlmapBBDO. Ajudei a fundar a Suno United Creators e, no fim de 2021, aceitei o desafio de liderar a DPZ. O que mais me motivou foi resgatar uma agência que fez história. Uma marca icônica, que havia sofrido um duro golpe. Hoje, fico feliz em ver a DPZ em ascensão novamente, conectada com o seu tempo e honrando o legado dos seus fundadores.
Como é presidir uma agência fundada por ícones da propaganda, Roberto Duailibi, Francesc Petit e Jose Zaragoza? Qual é a herança deixada pelo trio, e como você aplica esse legado no dia a dia da DPZ?
Foi justamente o legado de Duailibi, Petit e Zaragoza que me fez aceitar o desafio de presidir a DPZ. Eles colocaram a criatividade no centro do negócio. Deram protagonismo para os criativos. Mostraram que é possível crescer com ética, sem abrir mão da ousadia. Graças à visão deles, a DPZ construiu tantas marcas icônicas e assim se tornou, ela mesma, uma marca icônica. Hoje, isso se reflete em tudo o que fazemos na DPZ, em nossa paixão pelo ofício e no compromisso de todo o time com a efetividade criativa, desenvolvendo ideias inovadoras, que transformam os negócios e a sociedade.
Qual é o momento atual da agência?
Estamos vivendo uma fase muito positiva. Os resultados que temos alcançado em parceria com os nossos clientes chamam a atenção do mercado. Para citar apenas dois exemplos: a Electrolux se tornou a marca de eletrodomésticos mais vendida do país, superando a Brastemp após décadas de domínio; e a Ypê vem ganhando cada vez mais share, desbancando líderes históricos em preferência de marca. Com isso, várias marcas nos procuram em busca de uma agência criativa, flexível e focada em resultados. Para acompanhar esse momento, estamos investindo fortemente em talentos. Trouxemos nomes com peso e visão de futuro. No último ano, chegaram Maria Claudia Conde, como head de estratégia; Anna Martha, como VP de conteúdo; Luiza Camara Valente, como VP de mídia; e agora, Pedro Araújo, como nosso chief creative officer.
Leia a entrevista completa na edição do propmark de 11 de agosto de 2025