Estadão compra Moving e investe em classificados digitais

O mercado imobiliário está na mira do Estadão. O grupo acaba de anunciar a compra do Moving e, assim, sua volta aos classificados digitais de imóveis – a empresa já foi detentora de 50% do Zap. A aquisição de 90% do novo negócio foi revelada durante o Top Imobiliário 2015, na noite desta terça-feira (17), em São Paulo. Ainda durante o evento, a empresa lançou uma campanha multimídia incentivando a população a investir no setor – a divulgação do material está prevista para o próximo dia 20.

“O mercado de imóveis digitais cresce a taxas altas. Um jornal que é líder não pode ficar de fora desse filão. Procuramos no mercado o que há de melhor e encontramos o Moving. Estamos voltando a esse mercado com o pé direito e com um modelo de negócio muito interessante, com 90% da empresa”, revela Flávio Pestana, diretor executivo comercial do Estadão. Dono dos outros 10%, Ado Fonseca, que até então detinha 100% do Moving, será o diretor geral da marca.

Segundo Pestana, o Estadão volta a investir no mercado imobiliário para fortalecer a receita da empresa em outras áreas, inclusive no meio editorial. “Na mídia impressa, convencional, a gente tem sentido uma dificuldade muito grande em obtenção de receita. O que nós como empresa de comunicação precisamos fazer é encontrar outros negócios que ajudem nessa perda de receita que temos tido na mídia impressa”, diz Pestana, ressaltando que a marca Estadão estará presente com força no novo Moving que passará, em breve, a exibir conteúdo, estatísticas e outros materiais além dos classificados.

Campanha

No próximo dia 20 o Estadão dá início a uma campanha em TV (aberta e por assinatura), rádio, mídias externas, impressas e digitais para incentivar o público de São Paulo a investir em imóveis ainda em 2015. Segundo Pestana, apesar do cenário economicamente instável, o momento é positivo para adquirir um imóvel . “Os próximos lançamentos já estarão no novo Plano Diretor Estratégico, que aumentará ainda mais o preço do imóvel. Além disso, com o crédito secando, as construtoras estão com um estoque relativamente alto de imóveis, o que torna o momento bom para negociar. Vamos mostra tudo isso para o público. É a primeira vez que fazemos algo parecido”, afirma o executivo.