Executiva deixa atendimento da Africa para atuar com coaching

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Com 30 anos de carreira no mercado publicitário, a executiva Celina Esteves deixa direção de atendimento da Africa para projeto solo

Não se assemelha a uma terapia, mas a nova atividade profissional da executiva Celina Esteves é prima, por assim dizer, desse formato analítico por ser dedicada integralmente à gestão de pessoas. Essa é a essência da Celina Esteves Coaching, que começa sua operação oficialmente no primeiro semestre de 2017: desenvolver musculatura intelectual de profissionais em fase de transição em suas carreiras ou que estão no foco das empresas para uma promoção. Ela atua há 30 anos no mercado publicitário, dos quais os últimos seis como vice-presidente de atendimento da agência Africa, mas tem passagens pela DM9DDB, Y&R, W/Brasil e McCann-Erickson.

Nesse espaço de tempo vem percebendo que a falta de tempo no dia a dia das agências e dos anunciantes termina comprometendo o aperfeiçoamento de executivos e, mais grave ainda, que o aproveitamento em novas funções não seja efetivado pela falta de planejamento para uma nova fase na carreira. Na Africa, com uma equipe de 65 executivos, começou a formatar o novo negócio. E a ex-empregadora é justamente o seu primeiro cliente.

“Não é da nossa cultura rever carreiras e tratar do progresso pessoal. Gosto de preparar profissionais e agora estou formalizando essa ideia como uma alternativa fora do mercado de agências. O coaching é uma relação de confiança aliada á técnica. Vou atender clientes corporativos, como a Africa, e pessoas que querem avançar nas suas vidas profissionais ou simplesmente se aperfeiçoar. Tudo sob demanda, porque cada caso é um caso”, observa Celina.

Para galgar cargos, o profissional deve estar preparado para saber ouvir. Uma espécie de escuta ativa, como explica Celina. “Vivemos na propaganda um mundo que é extremamente intenso no qual muito pouca gente para ver a necessidade real e estabelecer um olhar para estar mais preparado para garantir um retorno maior. Vejo que muitos profissionais se perdem ou deixam de trabalhar na função máxima pela falta da escuta diante de tanta prioridade. No dia a dia é quase impossível fazer gestão de pessoas”, afirma.

O coaching pode ser apenas um olhar diferente para o que um profissional já vem fazendo. “Ao fazer isso, poderiam ser mais felizes”, destaca Celina, que também se utiliza da técnica. Ela faz life coaching com a especialista Marília Rocha. “O escritório vai cuidar de coaching executivo e de life coaching, que é como se tivéssemos uma roda da vida com 10 fatias que giram do relacionamento familiar ao profissional. Tenho muita experiência e sei exatamente a dinâmica das agências, que dependem única e exclusivamente de gente, mas que, por muitas vezes, não trazem esse olhar como prioridade”, ela finaliza.