Paulo Macedo

Se é verdade que publicitários aprendiam a jogar golfe para se aproximar de prospects, a função fica mais fácil a partir de agora com a inauguração do Onne Unigolf na semana passada. O empreendimento, liderado pelo empresário Paulo Humberg, pretende ser um centro de lazer e negócios ambientado com o esporte chique. Para facilitar a vida dos interessados em praticar ou aprender a ciência das tacadas, o espaço fica na área urbana de São Paulo, ao lado do Parque Villa Lobos, com três mil metros quadrados. Os campos convencionais ficam fora da cidade, o que dificulta a decisão dos adeptos.
O investimento é de R$ 5 milhões e conta com o patrocínio do Unibanco AIG, General Motors, Kyocera, Vivo, Microsiga e da revista Exame. O envolvimento da seguradora do Unibanco com o esporte é antigo e estratégico. O seu programa de relacionamento foi batizado de Unigolf. “É uma ferramenta de interatividade com clientes e prospects potenciais”, afirmou José Rudge, presidente do Unibanco AIG. “A idéia é que ao mesmo tempo em que o executivo dá uma descontraída, ele também possa realizar negócios”, acrescentou Humberg.
Além das baias para tacadas e minicampo com nove buracos, o Onne Unigolf tem restaurante, revistaria, salas de reunião, spa, espaço para eventos, bar, serviço de telecomunicações e uma golf shop.
“Além de praticar o esporte, o executivo pode programar reuniões e desfrutar dessa infra-estrutura. O golfe tem 11 mil adeptos só em São Paulo e movimenta no País cerca de R$ 500 milhões por ano, enfatizou Humberg.
Marca
A programação visual do Onne Unigolf é assinada pelo escritório Ana Couto Branding & Design, que usou o processo conhecido como “naming” para identificar o projeto e posteriormente materializar a marca e o conceito visual.
“Como já trabalhamos para o Unibanco, conhecemos o comportamento de quem pratica golfe. Claro, tinha que ser algo com muita classe pois trata-se de um target com opinião bastante crítica. O desafio era criar um nome capaz de transmitir os valores do mundo empresarial, relacionamento, qualidade de vida, status, reconhecimento e sofisticação, sem deixar de lado os potenciais clientes – pessoas atentas a inovações, praticantes de golfe ou admiradoras do esporte, interessadas em ampliar o networking num ambiente informal, de lazer e entretenimento”, justicou Ana Couto.