Há pouco mais de três anos, a f2f-digital surgiu diante de uma oportunidade, identificada pelos sócios, de que faltavam agências com uma pegada de consultoria e foco em digital. Ambos os sócios, Fred Pericini e Felipe Bógea, são ex-consultores da McKinsey e procuraram alinhar no novo negócio o conhecimento de consultoria, de planejamento estratégico e de gestão com o digital. “Começamos com um ou dois clientes, como Everlast e Espaço das Américas, em uma salinha e o negócio começou a desenvolver rápido. A gente sempre teve também a visão de que ia conseguir dar grandes passos atraindo talentos. Porque uma agência de publicidade é feita de pessoas”, disse Pericini.
Segundo ele, este foi um ano muito bom para a f2f-digital. Na visão do executivo, a crise mexeu com o mercado no sentido de que grandes contas se forçaram a fazer uma reflexão sobre os fornecedores. Ele cita como exemplo o caso da Volkswagen, que tinha relação histórica e de longa data com a AlmapBBDO, mas abriu concorrência. “A gente praticamente dobrou de tamanho entre janeiro e julho deste ano. Nós saímos de 30 funcionários para 50. Conquistamos contas como Braskem, que estava na Africa Zero (que continua com a parte de mídia), as redes sociais da SulAmérica, Deloitte, Itaú Social e Casa Suíça. Entramos nas concorrências com bons cases para mostrar e uma boa proposta de custo-benefício”, contou Pericini.
Com olhar de consultoria, o executivo afirma que eles também fazem trabalhos de análise de cenários para os negócios dos clientes. “Modelos de negócios já estabelecidos estão tendo de repensar. As consultorias têm elementos de gestão que as agências de publicidade precisam agregar. Para influenciar na estratégia dos negócios dos clientes, você precisa entender o modelo de negócio, entender o mercado de concorrência deles. Eu acho que o equilíbrio vai vencer. Nem tanto para o lado administrador da consultoria, nem tanto para o lado publicitário somente”, falou ele.