Facebook é acusado de vender informações de usuários a marcas
Dois usuários do Facebook entraram com uma ação judicial nos Estados Unidos alegando que a rede social vendeu informações privadas, como mensagens, a marcas. Os usuários acusam o Facebook de utilizar mensagens rotuladas como privadas para encontrar informações que poderiam ser repassadas a anunciantes e profissionais de marketing. Ainda segundo as acusações, tudo foi feito sem o consentimento daqueles que acessam a rede.
O processo foi iniciado em um tribunal da Carolina do Norte por Matthew Campbell e Michael Hurley. Eles querem fazer com que a iniciativa se torne uma ação de classe, o que permitiria que outros usuários do Facebook com as mesmas queixas se unissem à causa.
A dupla afirma que a interceptação e captação de informações contidas em mensagens trocadas consistem em uma violação do Ato de Privacidade das Comunicações Eletrônica, uma lei americana que defende a privacidade na internet. Em comunicado, o Facebook negou que tenha vasculhado as mensagens: “Continuamos a acreditar que as alegações neste processo não têm mérito e iremos nos defender vigorosamente”.
O modelo de negócios da rede social criada por Mark Zuckerberg é altamente dependente da capacidade de indicar um público bastante segmentado para seus anunciantes, o que o faz ao buscar informações de perfil como sexo, idade e preferências. Os dois usuários, porém, afirmam que o Facebook ultrapassou limites ao interceptar as mensagens e vender essas informações.