Facebook passa a concorrer com YouTube como canal para vídeos
O Facebook quer competir diretamente com o YouTube por mídia publicitária em vídeo. A companhia de Mark Zuckerberg, que já concorre com plataformas do Google na divisão do bolo total publicitário, vai entrar diretamente na corrida pelo budget de vídeos online. Para isso, a rede social inaugurou o contador de visualizações e também irá sugerir outros conteúdos relacionados – tudo isso para manter o internauta na sua plataforma, e sugestionável às peças publicitárias exibidas.
A mudança vem em um momento que o site atinge a marca de 1 bilhão de visualizações diárias em vídeos, que usualmente são ativados com autoplay após mouse over. Com um volume imenso e crescente nas visualizações, faz sentido para a companhia de Mark Zuckerberg passar a monetizar os vídeos.
“O crescimento foi de 50% em julho em relação a maio, e desde junho estamos com uma média diária de 1 bilhão de views”, afirmou Fidji Simo, diretora de projetos e vídeos do Facebook. “Os publishers terão métricas mais detalhadas e ferramentas melhores para conseguirem audiência no Facebook. Outras funcionalidades incluem call to action e link para sites externos”, disse.
Outro indício desse aumento brutal no consumo de vídeos no Facebook é registrado no uso de dados. De acordo com a companhia especializada Sandvine, especialmente por conta do autoplay o tamanho do uso de banda larga cresceu 200% em desktop e 60% em mobile – considerando unicamente o “tocar imediato” destes filmes e em meio ao “Ice Bucket Challenge”.
Atualmente, o valor de mercado do YouTube é de US$ 40 bilhões, segundo especialistas.
Rede própria
Paralelamente à mudança de estratégia do Facebook, o eMarketer mostrou um estudo que afirma que boa parte (60%) dos profissionais de marketing nos Estados Unidos e no Canadá preferem ter uma rede própria para hospedar seu conteúdo, com os canais no YouTube e Vimeo como ferramentas complementares. A pesquisa feita pela Demand Metric e pela Ascend2 também aponta que 43% gostam de usar apenas sites externos, enquanto 11% preferem ter controle total. Como a pesquisa permitia mais de uma resposta aos entrevistados, o número total ultrapassa 100%.