Faroeste caipira
Com a diminuição das consequências nefastas da pandemia aqui no Brasil, esperava-se um segundo semestre bem mais forte, publicitariamente falando. O mesmo, porém, não está ocorrendo, a nosso ver, principalmente por culpa de um governo federal capenga, que inclusive abandonou as práticas publicitárias que os governos anteriores do mesmo nível sempre tiveram, porque muitas pessoas jurídicas por ele controladas aqui no Brasil concorrem com o particular.
Para agravar essa situação, o próprio governo federal despreza a valiosa arma da propaganda, abandonando a forte aparição para o público de estatais e ministérios, como o da Infraestrutura e do Turismo, que nos governos anteriores mantinham viva sua publicidade, valorizando assim a imagem junto à população e em consequência passando para todos nós, brasileiros, uma imagem verdadeira do nosso poderio econômico, espalhando-se e influenciando os conglomerados e mesmo empresas isoladas, de porte grande ou médio, a por sua vez anunciar mais e melhor, convencendo o imenso público brasileiro a crer no poderio econômico da nação como um todo.
Ao praticamente desistir da propaganda, o governo federal atual desestimula o uso da mesma arma pelos governos estatuais e municipais, deixando o país à deriva, no que tange ao reforço da imagem das suas empresas e conglomerados.
Para atrapalhar ainda mais a nossa economia, o governo federal esmera-se em estar sempre em guerra intestina, onde nem sempre o “inimigo” é oculto, mas procura resguardar-se do gigante sediado em Brasília, mesmo com todas as fraquezas que este tem demonstrado nas suas ações.
Perde-se um tempo precioso em querelas, sendo amiúde deixado para trás o trabalho que constrói, aquele mesmo trabalho que tem feito de países emergentes novos gigantes a concorrerem com os líderes e a facilmente derrotarem países como o nosso, com toda a nossa grandeza territorial e possuidor de um povo de boa índole que, se acionado para as grandes causas, recebendo recursos e incentivos para isso, crescerá como jamais ocorreu em toda a sua história, ainda que se considerando momentos de extrema glória para o Brasil.
Já é mais do que tempo – se é que até mesmo esse tempo já não passou por força da inércia que domina os altos escalões oficiais brasileiros, liderados pelo presidente da República –, de entenderem e estimularem a prática de incentivos ao nosso desenvolvimento econômico que, semelhante a um balão de gás dado a uma criança, tende a esvaziar-se e perder sua força de sustentação se não for recarregado.
Quem viveu o governo JK como nós e vive agora o tormento de um governo incapaz e ausente, lamenta e muito a diferença existente, dispensando grandes interpretações e comparações: o primeiro comandou durante todo o seu tempo de governo a nau Brasil encaminhando-a a um porto seguro e, mais que isso, a um porto do novo mundo que então se abria.
O atual retrocede, correndo o risco de perdermos até para países hermanos e vizinhos nossos, de pobreza visível, que todavia têm lutado para mudar sua triste realidade. Vemo-nos diante da ameaça de um atraso que ainda poderá ser maior, se o presidente não se compenetrar, finalmente, que o seu cargo é o mais importante do país e não pode ser relegado a uma constante inércia, no que diz respeito ao nosso necessário desenvolvimento. O que mais nos preocupa é que temos cada vez menos tempo, dentro do atual governo, para mudar essa situação.
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Marketing hospitalar
A matéria de capa desta edição aborda a virada no marketing dos hospitais, que passaram a tratar a área como investimento vital para o negócio. A comunicação do segmento evolui com conteúdo digital transformado em fonte segura de informação durante a pandemia da Covid-19. Encontrar o caminho da popularização da ciência é uma das peculiaridades do marketing hospitalar na análise de Denise Lourenço, coordenadora da Trevisan Escola de Negócios.
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Plataforma Ads
Outro destaque é a matéria sobre as plataformas Ads, segmento de negócios que vem se tornando cada vez mais comum no Brasil. As plataformas próprias de anúncios das marcas ampliam o alcance dos canais de venda digitais das empresas, criando fontes de receita além do core business tradicional.
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Profissionais do Ano
O tradicional prêmio da Globo está com mudanças na sua 43ª edição. A principal novidade é que filmes digitais passam a concorrer nas categorias nacionais, além do retorno da área Valor Social. As inscrições vão até 24 de setembro.
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Não alcoólicos
A AlmapBBDO acaba de firmar uma parceria com a Heineken Brasil. A agência é a nova responsável pelo desenvolvimento criativo e estratégico do portfólio de marcas não alcoólicas da companhia, que tem FYs e Itubaína. Assume também o desafio de implementar inovações.
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Modelo híbrido
Agências planejam retorno físico gradual e devem adotar sistema híbrido. Com o avanço da imunização da população, as empresas começam a planejar o retorno presencial dos funcionários. Os projetos são variados, mas algumas se preparam para voltar em janeiro.
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Live marketing
Entrevista com Fernando Guntovitch, fundador e CEO da The Group. “Mergulhamos no novo conhecimento do shopper para buscar a fluidez necessária à adaptação para esse novo tempo marcado pela interatividade”, explica Guntovitch, que planeja retorno ao ambiente presencial ainda em 2021.
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Colunistas São Paulo
A próxima edição impressa do PROPMARK trará os resultados da última edição do Colunistas São Paulo, em atraso devido à pandemia, mas que felizmente conseguirá se realizar nesta segunda-feira (30), com os resultados imediatamente colocados no online do PROPMARK.