FecomercioSP mostra que empresários estão otimistas e cautelosos

Pesquisa da FecomercioSP mostra que 66% dos empresários da capital paulista manifestaram que pretendem adotar uma postura de cautela gerencial no próximo ano. De acordo com a sondagem, os empresários disseram acreditar que 2015 será o início da retomada para investir e se preparar para crescer, se não em 2015, já em 2016.

A FecomercioSP realizou a pesquisa com cem empresários da capital paulista, entre os dias 1º e 3 de dezembro, para verificar suas expectativas para 2015. O levantamento foi feito a partir do apontado no Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), que mostra sinais de recuperação, ainda que mínima, desde agosto último. De forma geral, o resultado da sondagem é de otimismo em relação ao próximo ano, mesmo com 2014 sendo ruim para quase todos os setores da economia e terminando com um desempenho pífio neste Natal.

Para 48% dos empresários, os investimentos vão crescer (em média 16%) em 2015 e apenas 21% acreditam que vão cair (queda média estimada de 14%). A expectativa é de que os investimentos cresçam no varejo em 2015. Também há uma proporção relevante de empresários (43%) que acredita que os estoques vão aumentar (cerca de 14%) em 2015, e isso somente pode ser explicado pela perspectiva de aumento de vendas, acompanhado de aumento de volume de produtos disponíveis para atender a essa demanda.

A maioria dos empresários deve contar com aumento de produtividade para crescer, já que 61% dos entrevistados pretendem manter o atual quadro de funcionários. Em relação aos demais empresários, 24% acreditam que vão aumentar o quadro em 9% sobre o patamar atual, e 14% acreditam que o quadro atual será reduzido em 6% em relação ao atual. Em tese, essas taxas indicam que haverá um pequeno aumento na contratação de funcionários no comércio em 2015.

Confirmando a expectativa de recuperação, a sondagem aponta também que mais da metade dos empresários entrevistados deseja ampliar a área de vendas: para 55% dos entrevistados, esse crescimento será de 16%. O número de lojas, no entanto, deve ser mantido, de acordo com a avaliação de 98% dos entrevistados. Apenas 2% manifestaram intenção de ampliar o número de unidades (entre uma e cinco lojas).

A sondagem mostra que o empresariado deve investir mais em treinamento e em tecnologia do que em aumento de contratações/aumento do número de lojas para obter melhorias de produtividade: 55% dos entrevistados vão aumentar os investimentos em treinamento (cerca de 18%) e 56% devem elevar seus investimentos em tecnologia (13% em média).