Fernando Fernandes: “Foco é trabalhar com marcas inclusivas”

Fernando Fernandes mostra potência e fonte de inspiração para pessoas com ou sem algum tipo de deficiência, seja nos esportes, no estilo de vida, na carreira, como empreendedor ou pela sua história de vida. Como atleta tem trajetória consolidada e também ótima relação com o mercado publicitário. Trabalha para importantes marcas, como Volkswagen e XP Investimentos, que possibilitam a ele realizar diversos projetos.

Atleta desde a infância, foi jogador de futebol profissional, boxeador amador e modelo internacional, estrelando campanhas como Dolce & Gabbana. Participou do Big Brother Brasil 2 (2002) e em 2009 sofreu um acidente automobilístico, que o deixou paraplégico. Ingressou no mundo paralímpico e foi tetracampeão mundial, tricampeão panamericano, tetracampeão sul-americano e tetracampeão brasileiro de paracanoagem. Nesta entrevista, ele fala da relação com anunciantes e o quanto batalha para incentivar outras pessoas na mesma condição que a dele.

Relação
No início da minha carreira, fui modelo e atuei com marcas internacionais como Dolce & Gabbana, entre outras, e desde cedo entendi a importância de manter uma boa relação com esse mercado, até antes de surgir o “influenciador” e, mais que isso, estar associado a empresas e marcas nas quais acredito e confio.

Antes do acidente
De fato eu já tinha essa experiência em trabalhar com marcas, mas com certeza muita coisa mudou hoje em dia. Não somente pela visibilidade que conquistei com tudo que me propus a fazer no esporte, mas com a contribuição que pude oferecer aos meus parceiros comerciais, como a diversidade, por exemplo.

Foco
Meu foco hoje é também trabalhar com marcas que, além de fazer parte da minha vida, são inclusivas, responsáveis socialmente com o meio ambiente, que acreditam nas mesmas coisas que eu.

Fernando Fernandes (Divulgação)

Representatividade
Como disse, muitos locais e marcas já entenderam que precisam evoluir e apostar na diversidade. Mas em muitos lugares vejo a minoria, que não é tão minoria assim, sendo esquecida e ignorada.

Luta
A sociedade e as marcas precisam passar a enxergar essas pessoas, senão, com certeza, vão perder espaço no mercado. A minha luta é exatamente essa, fazer com que essa parcela da sociedade seja vista, esteja em campanhas importantes, que tenham o mesmo acesso à informação, a locais, à cultura, à moda e a todas as outras coisas que todas as pessoas têm normalmente.

Inspiração
É a minha missão, o que eu busco não só com o meu trabalho, mas com a minha vida! Eu quero dar voz a essas pessoas, quero poder ajudá-las a se enxergarem como potências, que podem alcançar e conquistar tudo que quiserem. Quero ajudar a abrir caminhos para pessoas com algum tipo de deficiência e mostrar que o esporte salva, que no esporte muitos podem se encontrar e ser livres.