Guntovitch fica como chairman do WPI
Após dois anos como chairman da holding de agências independentes WPI (Worldwide Partners), o brasileiro Fernando Guntovitch, presidente da agência de live marketing The Group, uma das principais do mercado brasileiro e com um faturamento anual de R$ 70 milhões, estava pronto para deixar o posto no final de abril contabilizando “saldo positivo”, especialmente pela “entrega de resultados” aos mais de 500 clientes atendidos pelas 87 agências do grupo. Mas, depois de reunião do board da instituição realizada na segunda-feira (16), ele foi convidado para cumprir um segundo mandato. Sua posse será no início de maio durante encontro de três dias agendado para a cidade colombiana de Cartagena.
“Estava pronto para passar o bastão, mas aceitei essa nova missão de estar à frente dessa iniciativa que reúne agências independentes”, diz ele, enfatizando que o faturamento anual das 87 agências do WPI, instituição que existe há 75 anos e tem sede em Denver no estado americano do Colorado, é de aproximadamente US$ 3 bilhões.
No primeiro mandado de Guntovitch o WPI contabilizou crescimento de 27% “sobre o faturamento de ‘join biz’ entre as agências”. São cinco mil profissionais em 148 escritórios localizados em 55 países na Ásia, África, América Latina, América do Norte, Europa e Oriente Médio. No Brasil, além da The Group, a agência Heads também faz parte da holding. “A ideia é identificar sinergias, fornecer apoio logístico e desenvolver negócios, sempre de forma complementar”, explica Guntovitch.
Na sua avaliação, o retorno sobre investimento (ROI) foi uma meta cumprida nos primeiros dois anos como chairman do WPI. “Não é uma pauta restrita a países como o Brasil que vivem momento de desaceleração econômica, mas um fenômeno global”. Ele destaca que o marketing promocional e suas múltiplas disciplinas estão conseguindo cumprir essa meta, sobretudo após a chegada das ferramentas digitais que ajudam a mensurar “com maior qualidade” as oportunidades.
O grande objetivo da WPI é ajudar as empresas na consolidação das suas estratégias de marketing. “Quando as marcas atendidas pela The Group precisam realizar ações fora do Brasil, caso da Eastman Chemichal, por exemplo, utilizamos agências parceiras para consolidar esses projetos. No ano passado realizamos em conjunto stands em feiras na Colômbia, Peru, México e Argentina”, diz Guntovitch.
A holding não visa o lucro. “É muito interessante porque todas as associadas são sócias, como share holders, e a operação é sofisticada no formato de uma grande multinacional. Temos reuniões regulares onde definimos uma série de articulações e objetivos. Cada agência paga um fee mensal para bancar essa operação. O retorno que temos embute o lado financeiro, mas principalmente, o volume de informações que cada agência recebe. A The Group já conseguiu diferenciações que a ajudou a vencer concorrências ou articular uma ação com base em resultados obtidos por integrantes da rede em um segmento específico de negócios. Agregar valor é uma palavra chave para todos nós do WPI”, finaliza Guntovitch.