Fintechs e mobile marketing: a transação do momento
O mercado financeiro vive sua maior disrupção com o surgimento das fintechs. No Brasil elas saltaram de 54, em 2015, para 244, no último ano. No recente Playbook elaborado pela MMA “Fintechs – Por dentro da revolução móvel do setor financeiro”, a estimativa é de que até o final de 2016 elas tenham recebido mais de R$ 1 bilhão em investimentos. O potencial de crescimento e o barulho em torno do tema não teria sido possível não fossem os dispositivos móveis. Como bem diz Guga Stocco, advisor of Strategy e Innotavion, mobile oferece câmera, geolocalização, biometria e está sempre com o cliente.
O grande desafio das fintechs como pontua Paulo Martinez, COO da Agência Ginga, é a competição com marcas fortes e tradicionais do mercado, com milhões de clientes. Em termos de comunicação, Martinez comenta que gerar conhecimento e empatia, além de transmitir segurança e credibilidade são os principais pontos. Tais ingredientes juntos são um prato cheio para a publicidade mobile.
O primeiro ponto que explica a combinação perfeita das fintechs com a publicidade mobile é a audiência. De acordo com estudo da Goldman Sachs sobre o segmento de fintechs, 33% dos millenials acreditam que não precisarão de um banco. É esta geração também que lidera o uso de smartphones, segundo dados da Nielsen. Por essa visão, faz todo o sentido que as fintechs busquem maneiras de entregar suas mensagens na palma da mão de seus potenciais clientes.
Ainda levando em conta o aspecto da audiência, cada vez mais os jovens manifestam a rejeição à publicidade que seja interruptiva e não esteja alinhada ao seu contexto. É justamente neste ponto que a publicidade mobile pode fazer a diferença. As soluções de criativos dinâmicos e geolocalização combinadas com o cruzamento de dados disponíveis dos perfis dos usuários, permitem uma comunicação extremamente personalizada. É possível dialogar no momento certo, no local certo, com uma mensagem que faça sentido para aquele perfil específico.
Outro importante ponto, como destaca Martinez, é de que independente do estilo da campanha da marca é preciso que ela converse diretamente com o digital. Em sua opinião, o varejo atual tem sua conversão 100% digital, seja por um app baixado ou um cadastro preenchido. Ou seja, brand awareness e performance andam juntos, e neste contexto, é no mobile que as conversões tendem a acontecer cada vez mais.
O playbook da MMA mostra um cenário completo de como mobile e fintechs formam uma combinação perfeita, e a publicidade mobile é a peça fundamental para que essas marcas cumpram o desafio de construir visibilidade e gerar conversões. Esta é a transação do momento.
Alberto Pardo é CEO e fundador da Adsmovil