Fischer investe no trabalho para superar crise

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Jairo Soares é COO e diretor geral da Fischer: “Trabalho”|.

Ganhar e perder fazem parte da métrica de qualquer tipo de atividade comercial. E as agências de propaganda não estão imunes a ter esse tipo de consequência. Mesmo a Fischer, criada há 39  anos pelo empresário e profissional de criação Eduardo Fischer. No melhor momento da empresa, que incluiu até a criação de uma nova categoria de produto, a de iogurte grego com seu cliente Vigor, sofreu uma intempérie caudatária dos problemas institucionais da holding J&F,  dona das marcas Banco Original, Vigor, Neutrox e sabonete Francis, por exemplo.

Foram literalmente para o ralo faturamento robusto e uma receita necessária para financiar a administração da agência. O executivo Jairo Soares, COO e diretor geral da Fischer, explica que o golpe teve efeito sintomático, afinal mais de 10 comerciais estavam prontos, aprovados e já com planejamento de veiculação nos canais de mídia e, também, orçamentário programados.

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Marca Vigor deixou a agência após venda para o grupo mexicano Lala que prefere fornecedor multinacional

Qual é a solução? “Investir pesado em trabalho. Essa é a alternativa para quem tem o espírito empreendedor na veia. Quem nunca passou por problemas? Estamos negociando com todas as fontes possíveis e mostrando que estamos vivos e focados no trabalho duro. Outro dia cheguei em um prospect e expus a nossa situação. Ele simplesmente me disse que já passou por uma crise e se não fosse a compreensão dos fornecedores não teria sobrevivido”, explicou Soares.

O ponto de partida são os clientes que permaneceram no portfólio da agência como Ypê Detergentes (concorrência vencida no primeiro trimestre deste ano), Banco do Brasil Seguros, Livelo e BB Seguros. A Vigor, vendida pela J&F para o grupo mexicano Lala, deixou a Fischer para escolher uma agência multinacional por meio de concorrência, uma opção estratégica do anunciante que está chegando ao mercado brasileiro através dessa aquisição.

“Estamos participando de 15 pipelines. O mercado de cimento e financeiro são dois mercados que estamos bem preparados. A Ypê está ativa na mídia assim como outros clientes e novos negócios que começam a veicular a partir deste mês. Se não houver disposição para trabalhar, não há recuperação.  Estamos a todo vapor e em breve anunciando novos clientes”, finaliza Soares.