O que muda se a Fórmula 1 for mesmo para a Globo?
A Fórmula 1 vive um momento muito positivo. O faturamento da categoria é recorde
Pelo jeito, não são só os pilotos de Fórmula 1 que trocaram de escuderias para a temporada de 2025. Mudanças são esperadas também na mídia. Especula-se no mercado que a Liberty Media, dona dos direitos de transmissão das corridas, pode rescindir contrato com a Band, que estaria enfrentando dificuldades para cobrir os custos acordados. E quem pode pegar o vácuo dessa disputa é a Globo.
Fontes do mercado ouvidas pelo propmark dão conta de que está na mão da Band fechar ou não o contrato para 2025. A emissora estaria avaliando a melhor forma de seguir. Liberty Media, Globo e Band não comentam.
Atração
O inglês Lewis Hamilton, heptacampeão pela Mercedes, já acertou com a Ferrari, que perdeu o espanhol Carlos Sainz para a Williams, enquanto o francês Esteban Ocon trocou a Alpine pela Haas, que anunciou a saída de Nico Hulkenberg para a Sauber, futura Audi. Novos pilotos chegam. Andrea Kimi Antonelli correrá pela Mercedes e Jack Doohan, pela Alpine. Já a Haas terá Oliver Bearman.
Mas a expectativa gira em torno da possível volta de um brasileiro ao grid da F-1. Vice-líder da F-2, Gabriel Bortoleto pode competir pela Sauber no próximo ano, reacendendo a torcida, que cresce a reboque dos números registrados pelo esporte.
O que muda?
“A Fórmula 1 vive um momento muito positivo. O faturamento da categoria é recorde. O investimento que eles fizeram na Netflix e o foco no público mais jovem, especialmente por meio das redes sociais é interessante para a Globo”, analisa Amir Somoggi, especialista em marketing esportivo e sócio-diretor da Sports Value. Em 2019, a Netflix lançou o documentário 'Dirigir para viver', que já está na sexta temporada.
O executivo cita ainda parceria com a Amazon para dados sobre a corrida “e, se a mudança acontecer, isso vai para a Globo. É um ganho em escala. A Fórmula 1 estando na Globo, também estará na SporTV, e eles têm uma cobertura muito completa”, avalia. Somoggi admite que a suposta mudança da Band para a Globo na transmissão da Fórmula 1 impacta a competição, patrocinadores e todo o mercado de automobilismo.
Ivan Martinho, professor de marketing esportivo da ESPM, concorda. “A audiência maior e a ampla abrangência dos canais Globo em uma cobertura multiplataforma, contando com TV aberta, PayTV em diversos canais, site, streaming e cobertura editorial, faz com que o esporte volte a ter mais pontos de contato com o público, e tenha as suas histórias contadas nos diversos canais e, por consequência, um potencial de interesse maior das pessoas, com maior alcance, frequência e apelo comercial”, conclui o especialista.
Crédito da foto no topo: Reprodução F-1