Fórum reúne jornais de bairro para debater relevância desses veículos

O Fórum de Jornais de Bairro e Mídias Regionais, realizado no útimo dia 2, em São Paulo, discutiu a importância dos veículos na vida dos cidadãos, as mudanças no consumo da comunicação, a proximidade da mídia regional, a eficácia no modo de divulgação e os rumos que norteiam os critérios publicitários desses veículos. Entre as questões que fizeram parte do debate estavam “como o jornalismo de bairro vai enfrentar a crise econômica e a nova era digital que está revolucionando a mídia?”, “que fontes de recursos podem manter a preservação dos acervos?” e “a publicidade oficial pode ajudar a garantir a sobrevivência desses órgãos e, ao mesmo tempo, assegurar a transparência na prestação de contas dessas instâncias?”.

Durante o evento, o jornalista e radialista Pedro Nastri ressaltou a história do jornal de bairro e sua importância. Ele também apresentou o fac-símile do primeiro jornal de bairro que se tem notícia: O Braz, editado em 1895 por Albino Bairão. “Hoje o Brasil é o segundo país com o maior número de jornais de bairro do mundo. São mais de 2 milhões de exemplares distribuídos gratuitamente toda semana”, contou.

Ana Coluccio, representante da Ajorb (Associação dos Jornais de Bairro), enfatizou a importância dos veículos estarem também na internet e gerarem desenvolvimento para a região. “As prefeituras e outros órgãos nos procuram, mas na hora de escolher a mídia programa tudo na TV. Hoje tem de pulverizar a verba”, apontou.

O evento também reuniu Antonio Rosa Neto, idealizador da Dainet Multimídia e Comunicações; Rodrigo Luchiari, diretor de comunicação externa da Câmara Municipal de São Paulo; Moura Reis, diretor da ABI (Associação Brasileira de Imprensa); Adelson de Souza, comandante-geral e inspetor-superintendente da Guarda Civil Metropolitana; Antonio Souza, diretor distrital da Associação Comercial de São Paulo; e Luciana Nogueira, coordenadora de publicidade da Prefeitura de São Paulo.

O fórum foi realizado na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e incluiu entre os apoiadores a UBI (União Brasileira de Imprensa), a Rádio Trianon, a Associação Comercial de São Paulo e o PROPMARK.