Considerado esporte de elite, o golfe quer mudar sua imagem. Pelo menos é a intenção da Federação Paulista de Golfe que lança nesta semana a campanha “A nova paixão do esporte brasileiro. Golf. Jogou, virou paixão”, desenvolvida pela agência WF. O principal apelo da ação é mostrar que personalidades como Pelé, Hortência e Rubens Barichello não vivem sem dar suas tacadas. Alguns aeroportos, entre os quais o de Seul, por exemplo, têm campo de golfe para entreter viajantes com delay inesperado. Outro ponto a favor é que o golfe não exige idade, estado atlético, peso ou tamanho específicos: qualquer um pode jogar. A estratégia, como esclarece Jurandir José da Silva, vice-presidente de marketing da FPG, envolve um orçamento de produção e mídia de R$ 12 milhões. A federação é composta por 35 clubes com média de cinco mil praticantes. Para jogar os 18 buracos com os 14 tacos necessários para cumprir o ritual de quatro horas nos aproximadamente sete km de extensão do campo, o investimento inicial é de R$ 200, mas dependendo do clube, uma jóia pode ultrapassar os R$ 200 mil. O objetivo da FPG é dobrar o número de praticantes do esporte neste ano. Nos comerciais e anúncios da campanha criada pela WF há sugestão para acessar o site http://www.aprendagolfe.com.br/. “Há uma série de mitos sobre o golfe, mas é um esporte fácil e que com um pequeno investimento proporciona divertimento, une a família, estreita relacionamentos e promove a ética. Essa campanha quer mostrar para o público esses atributos e desmistificar o golfe”, disse Silva que está empenhado na identificação de um espaço para abrigar o primeiro campo de golfe público do País. Em São Paulo já temos putting greens , como o One Unigolf, onde iniciantes dão suas tacadas e os mais experientes treinam. A FPG tem um campo ao lado do aeroporto de Congonhas onde o custo é de R$ 20 por uma hora”, acrescentou o dirigente e também golfista. Os apelos do golfe passaram a ser destacados por empreendedores imobiliários, como o Golf Condominium, que usa o esporte para atrair consumidores. O estilo, como sapatos, calças, camisas e chapéus, têm demanda, com impulso pontual do jogador Tiger Woods, que ajudou a popularizar a prática.
Paulo Macedo