França pode banir propaganda de fast fashion. Será que essa moda pega?

Projeto de lei veta ainda parcerias com influenciadores para combater o impacto ambiental causado pela superprodução e consumo exagerado

A França está prestes a proibir a publicidade das plataformas de fast fashion. Parcerias com influenciadores também devem ser vetadas por um projeto de lei aprovado pelo Senado francês em junho, após um ano de tramitação. A regra prevê multas por peças produzidas, novos impostos e exige transparência para combater a superprodução e o impacto ambiental causado pelo consumo exagerado.

Incide principalmente sobre os marketplaces asiáticos de moda ultrarrápida, que operam com elevado volume e preços extremamente baixos, pressionando o mercado europeu.

Peça do projeto ‘Recommerce Atacama’, criado pela Artplan para a VTEX, que denuncia os excedentes gerados pela indústria da moda (Divulgação)

No Brasil, o campo de batalha está aberto desde a criação do tributo conhecido como a “taxa das blusinhas”, imposto de importação de 20% sobre produtos de até US$ 50, estipulado pela Lei nº 14.859, sancionada no dia 27 de junho de 2024. Aqui, a justificativa é equilibrar o recolhimento de encargos. Na terra da alta costura, o argumento recai na proteção da natureza.

Certo é o lobby de oponentes tradicionais, que passaram a dividir o bolo de vendas com as plataformas. A iniciativa francesa pode abrir uma nova frente de investidas. Será que essa moda pega no Brasil?

A lei francesa ainda será revisada por uma comissão mista de deputados e senadores e notificada à Comissão Europeia antes de entrar em vigor, mas “mostra um avanço no combate ao ultra fast fashion e na promoção da sustentabilidade da indústria da moda”, defende Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

Leia a matéria completa na edição do propmark de 04 de agosto de 2025