A Globo Comunicações e Participações – que envolve a emissora de TV aberta, Glosat, Globo.com, TV Globo Internacional, Globo Filmes, Editora Globo e Som Livre – divulgou nesta quinta-feira (26) seu balanço financeiro referente ao ano de 2008, que traz um crescimento de 14% na receita líquida do grupo – passando de R$ 6,6 bilhões em 2007 para R$ 7,6 bilhões em 2008. Já em receita bruta consolidada com vendas, publicidade e serviços, a Globo declarou R$ 8,453 bilhões, aumento de 14,3% em relação a 2007.
A empresa demonstra ainda possuir dívida com perfil de longo prazo, sendo que menos de 2,5% da dívida total consolidada é de curto prazo, totalizando R$ 1,4 bilhão – aumento de 16,5% em relação a 2007, quando o valor era de R$ 1,2 bilhão.
O Ebitda da Globo (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,7 bilhão em 2008. Em 2007, o valor foi de R$ 1,3 bilhão, o que representa que de um ano para o outro houve um crescimento de 22,2%.
Leia abaixo o comunicado de Roberto Irineu Marinho, presidente das Organizações Globo, sobre o balanço:
“O ano de 2008 foi extremamente positivo para a Globo Comunicação e Participações S.A. Encerramos o ano de 2008 com crescimento de 14% na receita líquida e a manutenção de nossa posição de baixo endividamento e alta liquidez. A dívida da empresa permanece com
o perfil de longo prazo. Menos de 2,5% da dívida total consolidada é de curto prazo. A crise financeira internacional que se iniciou em setembro de 2008 aumentou nossa convicção em nossa estratégia financeira conservadora. Acreditamos que a empresa deve contar com as melhores condições para atuar em suas atividades operacionais e que a estrutura de capital e gestão financeira são elementos de suporte desse objetivo.
Nossa estratégia financeira e desempenho operacional têm sido reconhecidos pelas agências de classificação de risco. Em 2008 a Globo Comunicação e Participações S.A. conquistou o grau de investimento por duas das mais renomadas agências de rating, Standard and Poor’s e Fitch Ratings . Participamos do seleto grupo de 10 empresas nacionais privadas agraciadas com o duplo grau de investimento junto a essas agências.
Esse desempenho, resultado da qualidade e atratividade dos conteúdos que produzimos para o público, nos deixa em uma situação sólida para enfrentar o período de incerteza econômica em
que vivemos.
Porém, vale a pena olhar um pouco além dos resultados financeiros. A evolução tecnológica na indústria de comunicação está criando novas oportunidades de participação, interatividade e de escolha do público sobre que conteúdos consumir, como e quando fazê-lo. Uma das prioridades da Globo em 2008 foi investir nas mídias digitais, não apenas do ponto de vista tecnológico, mas em novas linguagens e formatos, fazendo com que nosso público participe mais, opine e esteja em contato mais freqüente em diferentes momentos do seu cotidiano. Estamos cada vez mais voltados para a nossa missão de criar, produzir e distribuir conteúdos de qualidade que informem, eduquem e divirtam, criando valor para todos com quem nos relacionamos: nosso público, parceiros, colaboradores, anunciantes, distribuidores, investidores, acionistas e a sociedade em geral. Produzimos em 2008 aproximadamente 10 mil horas de conteúdo nacional, empregamos diretamente cerca de 12 mil colaboradores e contratamos mais de 90 produtores audiovisuais independentes brasileiros. Através da venda de programas, co-produções e nossos canais internacionais, levamos a cultura brasileira para 130 diferentes países.
Acreditamos que só empresas de mídia financeiramente saudáveis promovem a inovação, produzem produtos de qualidade e garantem sua independência editorial. Sabemos também que países que não possuem empresas de comunicação social relevantes correm o risco de se tornarem consumidores passivos de conteúdos estrangeiros. Agradecemos a preferência de cada telespectador, internauta ou leitor, que exerce seu direito de escolha diariamente, e que nos tornam permanentemente mobilizados em atender suas necessidades, desejos e sonhos.”