Globo prevê crescimento de 8% e demanda para novas audiências
A Rede Globo de Televisão apresentou as novidades da sua programação para este ano cujo foco permanece em teledramaturgia, jornalismo, esportes e atrações especiais como os Jogos Olímpicos de Pequim cuja transmissão vai envolver uma equipe de 120 profissionais e interferência pontual na grade devido ao fuso-horário de 11 horas de diferença o que vai exigir ritmo novo no horário noturno e que vai se estender até às 11 horas da manhã.
O diretor-geral da Rede Globo, que tem cinco emissoras próprias (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Brasília) e 121 afiliadas, Octávio Florisbal, disse que a expectativa de crescimento é de 8% em relação ao ano passado levando em consideração a elevação da participação de anunciantes e também de custos de mídia. A maior ferramenta para a Globo cumprir suas metas é a liderança de audiência nacional cuja média de share entre às 6h às 12h e meia noite é de 46%, entre 12h e 18h de 53% e das 18h às 24h de 64%.
“Em alguns casos, para o anunciante obter o mesmo resultado que a Globo oferece tem que fazer 123 inserções em um período de tempo mais elástico enquanto na Globo ele precisaria de apenas 11 inserções durante uma semana”, disse Anco Márcio Saraiva, diretor da Central Globo de Marketing. Com a televisão digital, cujo plano é avançar de São Paulo para outras dez capitais ainda este ano, a Globo pretende aproveitar as vantagens competitivas que a tecnologia vai oferecer. “Ela vai mudar a forma de se assistir televisão devido, sobretudo, à qualidade da imagem que chegerá aos receptores. Depois, a portabilidade com os aparelhos de telefone celular equipados com chip de recepção de TV aberta e os pequenos monitores que serão vendidos a partir de abril no Brasil. Só mais tarde é que vamos ter a interatividade, assunto que está no topo da pauta da SBTVD (Sociedade Brasileira de Televisão Digital)”, esclareceu o engenheiro Fernando Bittencourt, diretor de teclogia da Rede Globo.
Na opinião de Florisbal, nem as TVs portáteis e nem os celulares vão roubar audiência dos equipamentos ligados nos lares. “Será uma nova audiência para essas novas mídias. Nossas pesquisas apontam que os volume de audiência nos lares será mantido. Porém, haverá novidades com essa nova demanda de consumo de mídia. Vamos aprender e depois oferecer soluções mercadológicas para esse cenário. O cálculo é que em cinco anos cerca de 60 milhões de pessoas vão assistir TV pelo celular e em equipamentos portáteis”, justificou Florisbal que também acredita que em breve os equipamentos portáteis poderão ter programação específica e oportunidades comerciais idem. “Os usuários de celular poderão pagar às operadoras por dowloads específicos, mas receberá o sinal das TVs abertas de forma gratuíta”, acrescentou o diretor geral da Rede Globo.
Na verdade, a programação da Rede Globo que começa na próxima segunda-feira (31) é a segunda deste ano. Ainda terão mais duas novas grades em 2008. A primeira começou com filmes, séries como “24 horas” e o Big Brother Brasil, cuja final teve mais de 70 milhões de ligações e foi vencida pelo tatuado Rafinha. De abril ao final de junho retornam programas como “Programa do Jô”, por exemplo. O terceiro trimestre é reservado para Olímpiadas e Eleições. O último trimestre é destinado aos esportes, eventos promocionais e novelas.
Paulo Macedo