Após Record, Globo e Fifa se posicionam sobre acordo de direitos

 

Após reclamações da Rede Record em relação à postura da Fifa ao renovar o contrato com a Globo, dando à esta os direitos exclusivos de transmissão para as Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente na Rússia e no Catar (leia mais aqui), ambas envolvidas resolveram se posicionar sobre o caso.

Em comunicado, a Globo ressalta que a Fifa não tem nenhuma obrigação legal de promover uma concorrência e que sua decisão em manter a Globo como responsável pela transmissão dos eventos, sem licitação, foi tomada pelo reconhecimento do valor da parceria bem sucedida entre ambas. “Não há qualquer obrigação legal de uma entidade privada como a Fifa fazer concorrência. Aliás, há exemplos aqui mesmo no Brasil de aquisição de direitos  privados sem disputa formal. Mas a Fifa destacou que sua decisão foi o reconhecimento do valor da parceria bem sucedida com a Globo, que contribui, com seu alcance, audiência e qualidade, para a grande valorização dos eventos. O secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, destacou que somente a Globo garante uma penetração significativa no vasto território brasileiro”, diz o comunicado da emissora.

Já a Fifa destaque que “aborda cada mercado de forma diferente de acordo com o respectivo cenário de transmissão. Após o fim da Copa do Mundo 2010, a Fifa reviu sua estratégia em relação às transmissões das Copas do Mundo da Fifa. No Brasil, a Fifa iniciou discussões com os participantes do mercado, incluindo a TV Globo e a TV Record. A Fifa optou por prorrogar o contrato de direitos de transmissão com a Globo até 2018 e 2022 pelas razões mencionadas no comunicado de imprensa. A Fifa acredita que atingirá seus objetivos de transmissão ao fechar o contrato com a Globo”.